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São Caetano é terceira do País com mais mulheres que homens
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
30/11/2010 | 07:26
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São Caetano é a terceira cidade com maior proporção de mulheres em relação a homens no Brasil. A população geral do município é de 149.571 habitantes, sendo 80.547 do sexo feminino e 69.024, do masculino. A diferença calculada na cidade só é menor que nos municípios de Santos, no Estado de São Paulo, e Recife, em Pernambuco. Os dados fazem parte do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou ontem a versão final do recenseamento.

Para o coordenador do Inpes (Instituto de Pesquisa) da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Leandro Campi Prearo, a explicação para São Caetano, assim como para o restante do Brasil, que também tem mais mulheres que homens, é simples: eles morrem mais cedo que elas, principalmente de morte violenta. "Os homens estão mais expostos a fatores de risco como acidentes de trânsito e assassinatos. Além disso, vivem, em média, cerca de sete anos menos que as mulheres", explicou.

Segundo Prearo, em todo o País nascem mais homens que mulheres. Em São Caetano, a proporção é de 5%. "Isso começa a se inverter na adolescência, por volta dos 14 anos, e se consolida com a chegada da terceira idade", destacou.

 

AUMENTO

Os dados oficiais divulgados ontem trouxeram outra surpresa: a região cresceu 8,26% nos últimos dez anos, mais que os 4,32% apontados pela prévia do Censo. Os números preliminares saíram no início do mês e apontavam que as sete cidades possuíam 2.456.515 habitantes, contra 2.354.722 em 2000. O número divulgado ontem, porém, saltou para 2.549.135, diferença de mais de 92 mil pessoas em relação à prévia. Como os dados preliminares eram parciais, a discrepância não é vista como problema pelo IBGE.

A cidade que registrou maior crescimento foi Rio Grande da Serra, com 18,85%, seguida de Mauá (14,83%), São Bernardo (8,82%), Ribeirão Pires (8,17%), Diadema (8,11%), São Caetano (6,72%) e, por último, Santo André (3,79%). Na prévia, Ribeirão Pires havia registrado decréscimo de 1,69% e solicitou revisão dos números ao IBGE.

Para Prearo, o crescimento de Rio Grande da Serra e Mauá teve motivos econômicos. "Rio Grande da Serra, por exemplo, recebeu três indústrias no período, gerando empregos. Novas vagas atraem novos moradores", garantiu o pesquisador. O mesmo se deu em Mauá, onde o número de indústrias saltou de 400 nos anos 2000 para 747 em dez anos, crescimento de 87%.

 

Grande ABC cresce menos que o Brasil

 

O Censo 2010 apontou que o Grande ABC cresceu menos que o Brasil nos últimos dez anos. Enquanto o número de habitantes da região aumentou 8,26%, o País registrou alta de 12,3% no mesmo período.

A população brasileira é de 190.732.694 pessoas, segundo o resultado oficial do Censo, divulgado ontem pelo IBGE. O ritmo de crescimento foi inferior aos 15,6% verificados na década anterior da pesquisa (1991 a 2000).

Para Prearo, da USCS, a queda do crescimento populacional é tendência mundial. “Países desenvolvidos da Europa registram índices próximos do zero ou mesmo decréscimos. A desaceleração do crescimento é positiva para o Brasil”, garantiu.

O índice mais baixo que o nacional registrado no Grande ABC é reflexo desse desenvolvimento, conforme Prearo. “Dentro dessa lógica, a região é mais rica e industrializada, portanto, é natural crescer menos que o restante do País”, afirmou.

 

MAIS URBANA

A pesquisa do IBGE apontou ainda que a população brasileira atualmente é ainda mais urbana do que há dez anos. Em 2000, o IBGE apurou que 81% dos brasileiros viviam em cidades, contra 84% em 2010.

A região Sudeste continua sendo a mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas, embora tenha perdido participação na última década, de 42,8% para 42,1% da população brasileira.

Em relação à proporção homem-mulher, o País tem 3,9 milhões de pessoas do sexo feminino a mais que do masculino.

 

 




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