A Fundação Criança de São Bernardo realiza amanhã, em homenagem ao Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, o lançamento do programa Avaliação e Sistematização de Práticas de Atendimento à Violência Sexual. Para o primeiro dia, foi marcado um seminário que discutirá os 20 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

No evento, serão discutidas ainda a exploração sexual, a violência e o desaparecimento de crianças e adolescentes. O ciclo de palestras deverá durar o dia inteiro, segundo informa o advogado Ariel de Castro Alves, presidente da entidade.

"A atividade trata de implantar um novo programa, aprovado no ano passado no Conanda (Conselho Nacional da Criança e do Adolescente)", diz Ariel, contando que o projeto tem ajuda do governo federal, através da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

O objetivo do novo projeto é avaliar e sistematizar maneiras de atender vítimas crianças e adolescentes de abusos ou exploração sexual.

Ariel lembra que o 25 de maio de 1979 foi marcado nos Estados Unidos pelo desaparecimento de uma criança de 6 anos que nunca mais foi encontrada pelas autoridades daquele país ou pelos pais. Quatro anos depois, em 1983, o governo norte-americano reconheceu a data como lembrança do problema. E em 1986. a ONU (Organização das Nações Unidas) tornou oficial o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, segundo recorda o advogado.

Segundo levantamento da ONG (Organização Não Governamental) Mãe da Sé, todos os anos, cerca de 40 mil pequenos somem no País, e 15% nunca são reencontrados.

Ariel explica que o desaparecimento está ligado muitas vezes a maus-tratos ou abusos que os menores sofrem dentro de casa e que, por isso, discutir os sumiços junto com as condições de cuidado é essencial. As palestras ocorrem das 8h30 às 17h, na sede da Fundação Criança (Rua Francisco Visentainer, 804, bairro Assunção - São Bernardo).