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Mauá não renova plano médico de 2 mil servidores
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
27/05/2010 | 07:43
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Mais de 2.000 servidores públicos de Mauá ficarão sem convênio médico por pelo menos 30 dias. Isso porque o contrato com a prestadora do serviço venceu segunda-feira e o Executivo não renovou o certame. O Paço anunciou abertura de licitação para dia 9, mas a média para a finalização de processo do tipo é de pelo menos 60 dias.

Por isso, funcionários estão apreensivos com o término do plano. Para se ter idéia a mãe de um servidor, que preferiu não se identificar, tem cirurgia marcada para sábado. Embora a empresa, segundo o funcionário, garanta que fará o procedimento, a preocupação com o cancelamento é grande. "Estou preocupado, pois era para ela ter sido operada no dia 15, mas alegaram que não havia material adequado. Nem comentei com minha mãe da possibilidade de novo adiamento, pois ela tem pressão alta."

Para ter direito ao convênio era descontado do vencimento de cada funcionário R$ 62, que contemplava dependentes e agregados.

O presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Mauá, Jesomar Alves Lobo, afirmou que a entidade está trabalhando junto com a Secretaria de Administração para evitar que o funcionalismo seja prejudicado. Porém, não entende o motivo do governo ter deixado o contrato expirar para só então chamar nova licitação. "É responsabilidade da Prefeitura cuidar do servidor. Se houver prejuízo da saúde de alguém com certeza acionaremos a justiça. Lobo destaca que no contrato com a ex-prestadora há a cláusula que dá carência de 30 dias de atendimento aos usuários. Mesmo assim, o sindicalista não esconde a apreensão. "Não podemos deixar o servidor sem convênio. Há pessoas internadas."

O vereador oposicionista Manoel Lopes (DEM) apresentou requerimento questionando a renovação do convênio. "É uma aberração a Prefeitura deixar o contrato expirar para abrir nova licitação. É falha da administração e isso não se discute."

Procurada, a Prefeitura não se manifestou.

CÂMARA - Os funcionários do Legislativo mauaense vivem caso similar. Desde dezembro eles estão sem convênio, quando foi cancelado o contrato com a NotreDame Seguradora. A empresa fazia o atendimento aos 200 servidores do Legislativo até 2009, além de agregados e dependentes, mas não quis manter o valor cobrado de R$ 40 e estabeleceu R$ 115 por pessoa. O diretor da Casa, Clériston Alves Teixeira, afirmou que os envelopes de propostas da terceira licitação aberta desde então serão analisados na próxima semana. O impasse vivido pelo Legislativo é que as empresas não têm aceitado o valor que cabe no orçamento de R$ 1,4 milhão que a Câmara tem para investir na área.




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