Técnicos do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde consideram que a farmácia-escola do Imes (Centro Universitário Municipal de São Caetano) tem condições para funcionamento e produção de fórmulas. Eles fizeram uma inspeção de emergência na farmácia-escola a pedido da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que agora aguarda o relatório estadual.

A inspeção foi na quinta. Inaugurada há 11 dias, a FarmaImes, nome da farmácia-escola, tem licença da Vigilância Sanitária municipal para funcionar desde junho, mas não da Anvisa. Ela é um convênio entre o centro universitário e a Prefeitura. Em entrevista ao Diário, segundo o diretor de Saúde e Vigilância Sanitária de São Caetano, José Auricchio Júnior, seriam produzidas 50 mil cápsulas por mês para a rede pública de saúde. O Imes negou ter essa capacidade de produção e afirmou que irá apenas manipular remédios com base em receitas. Para produzir 50 mil cápsulas de medicamentos por mês, o Imes teria de obter autorização para uma miniindústria.

No relatório, os técnicos vão dizer que “nenhum tipo de medicamento estava sendo produzido e que não havia qualquer tipo de matéria-prima no local”. O Diário encontrou nas instalações cápsulas e vidros de remédios antes e no dia da inauguração. Segundo o documento, a farmácia tem condições de “manipular cápsulas, pomadas, cremes e líquido de uso oral e externo”. Serão feitos anti-hipertensivos, antidiabéticos e hipolipêmicos. Para os técnicos, a “FarmaImes tem condições satisfatórias para funcionamento e para produção de fórmulas”.

O diretor do Imes, Marco Antonio Santos Silva, não sabia o resultado da inspeção. “Só sei que não posso manipular por enquanto.” Procurado por telefone nesta segunda, o diretor Auricchio Júnior não deu retorno ao Diário.