A Orquestra Sinfônica de Santo André dá prosseguimento à Série Anchieta nos concertos que apresenta amanhã e domingo, às 20h, no Teatro Municipal. A entrada é franca (os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria do teatro).

O regente-titular da Orquestra, Carlos Moreno, separou os concertos deste ano em blocos temáticos. Anchieta, o primeiro deles, é composta sobretudo por grandes peças sinfônicas. Se no mês passado, quando a série estreou, o repertório contava com Robert Schumann, Richard Wagner e Ludwig van Beethoven, os concertos desse fim de semana baseiam-se em obras do finlandês Jean Sibelius (1865-1957), do francês Camille Saint-Saëns (1835-1921) e do austríaco Anton Bruckner (1824-1896), que representam períodos bastante distintos da música de concerto.

O solista deste fim de semana é o alemão Johannes Gramsch, que atualmente ocupa a função de spalla do naipe de violoncelos da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). O convidado se juntará à orquestra na segunda parte das noites, para o Concerto nº 1 para Violoncelo e Orquestra op 33, escrita por Saint-Saëns em 1873. A peça é uma das duas que o músico francês (pianista de formação) escreveu para violoncelo e orquestra e foi também a mais popular. O autor construiu os três movimentos da canção - Allegro non troppo, Allegretto con moto e Molto allegro - de maneira a encadear um ao outro.

A abertura fica por conta do quadro sinfônico Finlândia, de Sibelius, que estreou em 1899 em Helsinque. Contemporâneo de um período de importantes acontecimentos em seu país - ocupação russa e a independência, em 1917 -, Sibelius acabou tornando-se, mesmo que à sua revelia, uma espécie de porta-voz patriota. Finlândia foi considerada o segundo hino nacional.

O encerramento será feito com a "Sinfonia nº 1 em Dó Menor", de Bruckner, criada em 1865. Por sua dinâmica ágil - que difere bastante dos trabalhos posteriores do autor - a "Sinfonia nº 1" é considerada única e de apurada dificuldade técnica. Seus quatro movimentos são Allegro molto, Moderato, Adagio e Allegro con fuoco.

DEMAIS SÉRIES - Até o fim do ano a Orquestra Sinfônica de Santo André apresenta as demais três séries, com repertórios distintos. A Bandeirantes se propõe à integração musical, Já a Piratininga se dedicará exclusivamente à música brasileira. A última, que recebeu o nome Tamoios, vai mesclar peças populares do País e do Exterior.

Orquestra Sinfônica de Santo André - Concerto. Amanhã e domingo, às 20h. No Teatro Municipal de Santo André - Praça IV Centenário. Tel.: 4433-0789. Grátis.