Pennacchi foi um dos fundadores do Grupo Santa Helena e é considerado um dos maiores afresquistas do Brasil. A técnica ele trouxe da regiao toscana, terra de Michelangelo, e utilizou-a em seus trabalhos em instituiçoes e residências particulares.
Dois desses afrescos estao na regiao. O mural no altar da Igreja Matriz de Ribeirao Pires, com as cenas Maria, José e o Menino no Presépio e Fuga Para o Egito, foi concluído em 1954. Em 1951, Pennacchi pintou o afresco Festa de Sao Joao no Nordeste na entao mansao do industrial José Cândido Cerqueira Leite, em Mauá, hoje Igreja de Jesus Cristo do Santos dos Ultimos Dias.
Na composiçao do mural de Ribeirao Pires, nota-se a influência do período quatrocentista da Renascença italiana no lirismo das cenas em primeiro plano. A aridez da paisagem é atenuada ao fundo por elementos do cenário toscano, componentes constantes do imaginário do artista.
"Eu amo o divino que todo ser humano contém", dizia Pennacchi. Recusando a sofisticaçao, mas mantendo a elegância clássica, ele encontrou nas paisagens e nas famílias brasileiras os elementos para manifestar sua maneira de louvar a Criaçao, por meio da simplicidade humana. Pintou camponeses trabalhando, retratos de operários, festas populares, cenas da vida de Sao Francisco de Assis e várias pinturas sacras. Seu olhar guia para uma contemplaçao terrena, aproximando Deus dos homens.
Durante a exposiçao no Museu de Arte Brasileira na FAAP, será exibido o documentário Fulvio Pennacchi (1982), realizado por Fábio Porchat, que recebeu medalha de ouro no Festival Filmes de Arte em Havana.
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