O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), tenta destravar plano para efetivar obras no terreno da Rhodia Química, no bairro Bangu, perto da estação central de trem, que possa alocar propostas ligadas a segmento de desenvolvimento econômico – setor disseminado na campanha eleitoral. A área, paralisada desde 2010, quando foi adquirida pelo Paço pelo valor de R$ 8,3 milhões, pode receber, segundo a ideia do tucano, pelo menos três projetos: o polo tecnológico (credenciado junto ao Estado), uma secretaria (tirando um imóvel do aluguel) e o programa Poupatempo do Empreendedor.
“Ainda não demos a largada (na proposta) porque estamos aguardando a questão da Rhodia. O projeto não foi entregue no formato executivo, que possibilita o início das obras”, pontuou Paulo Serra, referindo-se ao novo Poupatempo, vislumbrado pelo tucano para facilitar a abertura de empresas e aumentar a arrecadação da cidade. O espaço serviria para agilizar serviços a investidores, por exemplo. A Prefeitura espera contar com auxílio financeiro do governo do Estado e da iniciativa privada para encaminhar essa matéria. “Temos uma questão orçamentária que não está resolvida”, emendou o chefe do Paço. O imóvel necessita de reforma e adequação no terreno.
Por conta dessa dificuldade financeira da Prefeitura, o plano, no entanto, não tem prazo para sair do papel. Já há, formalmente, pedido de repasse ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB) da ordem de R$ 14 milhões, que seriam destinados para as intervenções. O valor foi protocolado, inclusive, no Orçamento estadual. O Palácio dos Bandeirantes não deu, até agora, sinalizações sobre qualquer parcela do repasse.
A área possui 8.000 metros quadrados, o que permitiria abrigar algumas alternativas, em estudo. A ação da Prefeitura visa estruturar o modelo de Poupatempo implantado integralmente no Estado desde 2010, e também prometido por João Doria (PSDB), hoje prefeito da Capital, durante o pleito de outubro. O espaço, no Bangu, obteve laudo da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) atestando a despoluição do local.
O imbróglio judicial se arrasta desde a compra do terreno. À época, peritos da Justiça consideraram o valor superestimado, havia questionamento sobre eventual contaminação do solo – agora descartado –, e também briga para determinar quem faria a construção de muro de contenção para separar a indústria da área quitada pelo Paço. O principal empreendimento cogitado para o local, na ocasião, era o Poupatempo de serviços, que foi inaugurado em 2015 no Atrium Shopping. Diante dos problemas legais, a Prefeitura não tinha sequer escritura do imóvel.
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