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Auricchio gastará R$ 24 milhões
para ampliar complexo hospitalar
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/02/2011 | 07:05
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Depois de receber negativa do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para liberar montante no valor de R$ 30 milhões, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), deu ontem pontapé inicial em concorrência pública para contratar empresa para realizar a ampliação do Complexo Hospitalar Márcia e Maria Braido, no bairro Olímpico. Para isso, o petebista projeta despender cerca de R$ 24 milhões, com recursos próprios.

A licitação, que terá abertura em 18 de março, se dará em regime de empreitada por valor unitário e do tipo menor preço global, cujo objetivo é promover reforma do anexo de Saúde e interligação entre os três edifícios. A verba servirá para contemplar além da obra civil, mobiliário e equipamento.

De acordo com a Prefeitura, a diferença do valor pleiteado corresponde a novos equipamentos que seriam adquiridos para os hospitais já existentes. Obtenção essa que ainda se fará até a entrega das obras, previstas para 2012.

O financiamento pleiteado há um ano e meio foi indeferido pela União, sob alegação de falta de documentos por parte do Palácio da Cerâmica. Contudo, o Paço informou que não há documentação pendente e que todas solicitações foram entregues à Secretaria de Tesouro Nacional.

Mesmo com sinal fechado, Auricchio disse que a intervenção será executada nos mesmos moldes e que o empréstimo só agilizaria o processo de ampliação. Concepção contrária ao da assessora especial de Ações Sociais, Regina Maura Zetone, que avaliou que sem aporte federal, a obra seria "pouco mais modesta". O prefeito ressaltou, porém, que nada impede ainda que o Paço consiga o dinheiro durante o andamento das obras.

 

Paço ainda tentará viabilizar liberação de recurso federal

 

A Prefeitura de São Caetano informou que ainda aguarda parecer definitivo e que continuará tentando viabilizar a liberação dos R$ 30 milhões junto ao BNDES. O Paço anuncia que entende o contingenciamento que o governo federal vem divulgando amplamente e que se concretizará nos próximos meses. Todavia, afirma lamentar apenas que o corte orçamentário tenha atingido inclusive investimentos na Saúde, como é o caso pleiteado por São Caetano.

Auricchio afirma não acreditar em perseguição política, porém, nos corredores, comenta-se que a negativa se deu devido a cor partidária.

Com R$ 773,4 milhões de expectativa orçamentária para o exercício de 2011, São Caetano prevê R$ 216,5 milhões (28% da peça) para a área da Saúde.

Com o anexo chega também o Hospital da Mulher, que será erguido em área de 4.000 m², que hoje pertence ao estacionamento do Maria Braido, novas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e Centro de Especialidades Médicas. O sistema contará ainda com ala de oncologia.




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