Dirigentes da FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT de São Paulo) saíram, ontem, da rodada de negociação com o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - representantes das montadoras) - mais otimistas e confiantes que um bom acordo será fechado.

Segundo a assessoria da federação, a expectativa quanto à proposta de reajuste salarial para a categoria é positiva. Segundo o presidente da Federação, Valmir Marques, o Biro Biro, a negociação está caminhando positivamente. "Acreditamos que na próxima rodada vamos fechar um acordo salarial que atenda à nossa expectativa", enfatiza.

Ambas as partes se encontrarão, novamente, amanhã (sexta-feira), para terminarem de discutir as cláusulas que compõem a pauta da campanha salarial deste ano - o horário ainda não foi definido. A data-base da categoria é 1º de setembro.

Por isso, foi determinado que haverá assembleia-geral no sábado (18), para que a proposta seja apresentada aos trabalhadores. O ato será realizado em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - Rua João Basso, Centro, São Bernardo -, às 10h.
Até lá, está suspensa a determinação

 de greve geral, porém a categoria permanece mobilizada.

Os trabalhadores da base reivindicam reajuste salarial de 9% - somada a reposição da inflação (de 4,2%), mais o aumento real. No sábado, em assembleia-geral, 10 mil metalúrgicos das montadoras rejeitaram a proposta de aumento de 7%.

GRUPOS
Até o momento, já assinaram a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) com a federação, com reajuste de 9%, as bancadas patronais que representam os setores de autopeças, forjaria e parafusos (Grupo 3); trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros (Grupo 8) e fundição.

Hoje, pela manhã, a FEM assina junto com empresários do Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) a convenção trabalhista - que também pleiteia o mesmo índice de aumento.

No início da semana, os 11 mil funcionários da GM (General Motors) aprovaram, junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, reajuste de 9%, mais abono de R$ 2.200.