Setecidades Titulo 3ª edição
Expedição Billings analisará manancial

Ação chega à 3ª edição hoje; represa faz 92 anos, com problemas que comprometem potencial

Vanessa de Oliveira
Do Diário Grande ABC
27/03/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Nos 92 anos completados hoje, a Represa Billings traz em sua história série de problemas que contribuem, a cada dia, com a degradação de um dos principais mananciais da Região Metropolitana. Estes estragos serão avaliados na terceira edição da Expedição Billings, que será lançada nesta manhã, às margens da Prainha do Riacho Grande, em São Bernardo, com a presença do prefeito Orlando Morando (PSDB). A ação é uma iniciativa da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), por meio do projeto IPH (Índice de Poluentes Hídricos). em parceria com a empresa ProMinent.

Em sete semanas, 165 pontos terão amostras de água coletadas pelo eco-esportista Dan Robson para análise, com resultados divulgados semanalmente. Do total que será avaliado, 104 pontos estão em território de São Bernardo, 37 na Capital e o restante divididos entre Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

A avaliação engloba 19 parâmetros, distribuídos em aspectos físicos, químicos, microbiológicos, socioambientais e climáticos.

As ocupações irregulares no entorno, o esgoto despejado sem tratamento e o lixo comum visto às margens da represa dão uma mostra da delicada situação em que se encontra o manancial. “A Billings está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), precisando de muitos cuidados, mas é tratada com descaso. Isso me dói muito no coração, pois ela tem todo potencial para abastecimento e lazer. Pescadores dependem dela para sobrevivência e, a cada dia, está em piores condições. A gente tinha de tratá-la como um ente querido”, fala a bióloga, especialista em recursos hídricos e coordenadora do projeto IPH/USCS, Marta Ângela Marcondes.

A docente ressalta a importância de ampliar a discussão sobre a possível revisão da Lei Específica da Billings, solicitada pelos prefeitos das sete cidades da região e que envolve, principalmente, áreas de zona de restrição. A ideia é liberar espaços para instalação de pontos de atividade econômica. “A Lei Específica tem de ser discutida em muitas mãos, não somente com o poder público.” 




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