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Parreira admite: 'a zaga ficou muito exposta'
Do Diário do Grande ABC
21/01/1999 | 16:08
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A volta do técnico tetracampeao mundial ao Maracana, cinco anos e meio após a vitória de 2 a 0 sobre o Uruguai, que classificou a seleçao brasileira para a Copa dos EUA, terminou em derrota: os 5 a 3 que o Flamengo impôs ao Fluminense de Carlos Alberto Parreira, em grande parte, se deveram à tática da defesa tricolor de jogar em linha. Mas Parreira negou que tenha orientado os defensores a atuar dessa forma. "Eles insistiram em marcar assim, mas o erro foi corrigido no segundo tempo", contou.

Os quatro gols da dupla de ataque rubro-negra dois de Romário e dois de Caio se originaram de lançamentos nas costas dos zagueiros Gélson e Émerson. Os dois defensores a toda hora formavam a "linha burra" de impedimento junto com os laterais Paulo César e Nonato e o volante Roberto Brum. Parreira reconheceu o erro. "A zaga ficou muito exposta", comentou. "Contra um ataque com Romário, isso é mortal."

Segundo o técnico, o Fluminense nao treinou a marcaçao em linha na pré-temporada em Valença. O que aconteceu no Fla-Flu foi uma desobediência tática, confirmada pelo zagueiro Émerson. "Na realidade, o professor Parreira nao nos pediu para jogar assim", disse. "Acho que foi o desentrosamento: o pessoal avançava na hora errada."

Parreira reclamou da desatençao do meio-de-campo tricolor na marcaçao. "Demos liberdade demais ao Flamengo, principalmente ao Iranildo." Criticou também os erros de passe. Nos cálculos do preparador físico Moracy Sant'Anna, que passou o jogo fazendo anotaçoes num laptop, o time errou 31 passes, de um total de 331 quase 10%.

Parreira, porém, fez questao de destacar os pontos positivos do jovem time do Fluminense. Segundo ele, a equipe saiu-se bem na criaçao de jogadas de gol. "Fizemos três e criamos pelo menos cinco oportunidades claras, mas as desperdiçamos", comentou, lembrando do pênalti perdido por Túlio e da bola na trave chutada por Nonato. "O Flamengo teve menos chances, mas aproveitou 100%".

O técnico destacou a versatilidade do meia Jorge Luís e ficou contente com o sucesso das jogadas ensaiadas: o escanteio que resultou no gol de Émerson e a investida de Nonato pelo meio, no lance do gol de Roni, foram exercícios ensaiados durante a semana.

Para o jogo com o Santos, sábado, no Maracana, Parreira deverá fazer pelo menos uma alteraçao no time: França, ex-Vasco e Botafogo, deve estrear como segundo volante, com o avanço de Jorge Luís e a saída de Bruno Reis, que foi muito mal no Fla-Flu. "Ele e Roger foram tímidos e nao fizeram a ligaçao da defesa ao ataque como pedi."




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