Com o resultado, o clube da Baixada pula para 25 pontos e na pior da hipóteses pode terminar a rodada na 3ª posição. No entanto, caso o Palmeiras perca para o Atlético-PR e o Figueirense não vença o Criciúma no clássico catarinense, o time da Baixada pode alcançar a liderança do certame. O São Paulo, por sua vez, permanece com 24 pontos, mas ainda figura entre os líderes da competição.

Na 15ª rodada do Brasileirão, o Santos enfrentará o desesperado Flamengo. O jogo acontece nesta terça-feira, às 21h45, no estádio da Vila Belmiro. O São Paulo, por sua vez, terá uma parada muito difícil. O Tricolor viaja até o Grande ABC para encarar o São Caetano, no estádio Anacleto Campanella. A partida acontece nesta terça, às 20h30.

A Redenção de Ricardinho - Quando a bola começou a rolar no tapete verde da Vila Belmiro, alguns fatores transformavam o clássico na partida mais atrativa da rodada. Entre eles estavam o remendado São Paulo (que jogava sem oito titulares), a boa fase do Santos (cinco vitórias consecutivas), a estréia de César Sampaio (ex-Peixe) no Tricolor e o reencontro entre Ricardinho com o time que o dispensou.

Na bola, o Santos dominava a partida e levava mais perigo para a meta adversária. Porém, a pequena torcida do São Paulo foi quem gritou gol primeiro. Aos 24 minutos, depois de ganhar do jovem zagueiro Domingos, o pequenino Vélber cruzou na área para o grandalhão Danilo. O meia subiu sozinho e testou contra o gol de Tápia. O goleiro chileno do Santos voou na bola, que ainda teve o capricho de bater na trave antes de estufar a rede.

O gol deixou o Santos atordoado no gramado. Diante desta situação, o São Paulo foi para cima. Dois minutos depois, Grafite desceu em velocidade pela esquerda e chutou. Tápia, meio estabanado, mandou a bola para escanteio.

No entanto, o Santos rapidamente assimilou o golpe e voltou a tomar o controle da partida. Aos 33 minutos, Robinho ganhou na velocidade do volante Ale e cruzou rasteiro na pequena área. Deivid, que entrava livre, só teve o trabalho de dar o toque do matador e estufar a rede de Rogério Ceni.

O detalhe do lance estava do lado de fora das quatro linhas. O talismã Basílio já se preparava para entrar. No entanto, logo depois do gol santista, o técnico do Peixe, Wanderley Luxemburgo, mandou o atacante de volta para o banco de reservas.

No segundo tempo, o Santos voltou com a mesma postura: pressionar. O São Paulo, consciente de que o empate seria um excelente resultado, passou a se defender ainda mais. No entanto, o técnico do Tricolor, Cuca, recebeu um golpe inesperado. O zagueiro Fabão, depois de falta dura em 'Basigol' (como Basílio é chamado pelos torcedores), recebeu o cartão vermelho e foi mais cedo para ochuveiro.

Com um jogador a mais, o Santos passou a pressionar. Enquanto Luxemburgo colocava o time para cima, Cuca tentava se segurar tirando jogadores ofensivos e colocando volantes e zagueiro.

Porém, a pressão do Peixe não surtia efeito. O time da capital estava bem fechado e impedia que os atacantes, meias, volantes e até zagueiros santistas finalizassem com qualidade. No entanto, aos 46 minutos a estrela do capitão Ricardinho brilhou mais forte.

Em uma falta na entrada da grande área, Ricardinho cobrou com extrema precisão e qualidade. A redonda foi mansinha no ângulo de Rogério, que se limitou a ficar plantado no centro do gol. Na comemoração, o meia desabafou, bateu várias vezes no peito e no escudo do clube.

No entanto, a verdadeira redenção do jogador aconteceu apenas ao final do jogo. Quando o juiz apitou o final da partida, Ricardinho, no circulo central do gramado, cerrou os punhos e ergueu os braços para o céu em um gesto de agradecimento.