No encontro, Fernando Henrique se despediu dos representantes e companheiros da comunidade, relembrando os laços desenvolvidos com os países membros e o trabalho pela defesa da independência do Timor Leste.
FHC também lembrou o carinho do presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, que foi o primeiro chefe de Estado a telefonar-lhe quando o Brasil venceu a Copa do Mundo em julho. "Ele me colocou para falar em uma rádio e então pude comunicar ao povo de Moçambique toda a alegria do Brasil com a vitória".
O presidente lembrou ainda as críticas feitas à criação da CPLP e destacou a importância do fortalecimento e da difusão da língua portuguesa para que a globalização não signifique uma homogeneização global. "Se não desenvolvermos forças próprias, corremos o risco da perda da nossa identidade", disse.
FHC ainda lembrou que a CPLP pode colaborar para a promoção da novas agendas visando o desenvolvimento da África. "Acho que a África não pode continuar vista como região de problemas. Quem não os tem? A África tem alguns problemas estridentes, como é o caso da Aids, mas também tem oportunidades", afirmou.
Ainda nesta terça, FHC almoça na Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, onde receberá o Prêmio Personalidade do Ano. Essa será a primeira vez que um estrangeiro será homenageado.
À tarde, Fernando Henrique receberá o título de presidente honorário da Associação Industrial de Portugal e inaugurará a exposição comemorativa ao centenário de nascimento do ex-presidente Juscelino Kubitschek.
A visita a Portugal será encerrada com um jantar oferecido ao presidente português, Jorge Sampaio, na residência da embaixada do Brasil.
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