Política Titulo Editorial
Debate necessário
Do Diário do Grande ABC
22/02/2017 | 08:50
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Aline Pietri/DGABC


A abertura de unidades de distribuição de medicamentos de alto custo em alguns municípios do Grande ABC, serviço hoje concentrado no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, vai melhorar o acesso da população aos remédios. É por isso que este Diário saúda o início do diálogo pela descentralização, conduzido pelo Consórcio Intermunicipal. O Estado, após forte pressão da comunidade das sete cidades, viu-se obrigado a sentar à mesa para conversar. A torcida é para que as tratativas caminhem celeremente de modo a pôr fim, em curto período de tempo, ao desconforto atual dos beneficiários do programa.

Ninguém duvida de que a implantação do projeto de descentralização vai demandar algum tipo de investimento, já que a operação de uma farmácia requer alguns cuidados especiais, como ambientes controlados, e um certo número de funcionários. Mas diante do conforto que os usuários do sistema passariam a ter, os gastos são plenamente justificados. E o Estado, não custa nada lembrar, deve devolver em benefícios à população os salgados impostos que cobra.

Embora o diálogo esteja em fase bastante incipiente, e restrito às autoridades de Saúde do Consórcio e Departamento Regional de Saúde do Estado no Grande ABC, alguns pontos devem ser priorizados, como o de levar os núcleos descentralizados da farmácia de alto custo ao maior número possível de cidades na região. Além de Santo André, também deveriam ser beneficiadas São Bernardo e Mauá. A primeira atrairia os usuários de Diadema, enquanto a segunda ficaria responsável pelos de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Reestruturada, a logística eliminaria o incômodo a que são submetidas as 6.000 pessoas que, em média, dirigem-se diariamente ao Mário Covas, onde a espera em filas chega a seis horas. Ninguém merece enfrentar tamanho suplício para obter o medicamento de que precisa para manter a saúde. A abertura do diálogo entre autoridades municipais e estaduais dá ao menos a esperança de que o calvário está com os dias contados. Assim seja. 




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