O presidente da CPI do Lixo na Câmara de São Bernardo, Ary de Oliveira (PSDB), reagiu às críticas feitas pelo colega de partido Samuel Alves (PSDB) ao ritmo dos trabalhos da comissão. “Ele falou bobagem.”

“Contesto essa avaliação do vereador neófito Samuel Alves. Ele está começando (na vereança) e talvez não saiba que o presidente não é quem dita o ritmo da CPI. Foi proposto um plano de trabalho (de reuniões a cada 15 dias), que foi aprovado pelos integrantes da CPI. Se ele acha que esse planejamento não é o correto, que falasse e propusesse a alteração quando a gente debateu o assunto”, rebateu Ary. “Ele está chegando agora e não deve saber como tudo por aqui funciona. Está perdoado porque é neófito. Logo vai aprender.”

Samuel, ao Diário, opinou que o andamento da CPI do Lixo tinha de ser mais célere. “Tinha de ter mais agilidade, na minha opinião. Por exemplo, poderia haver reunião na quarta-feira (hoje), coletando documentos para que os vereadores pudessem usar o feriado de Carnaval para analisá-los. E, com embasamento, pedir as convocações dos responsáveis. Quanto antes solucionar esse impasse, melhor.”

Ary afirmou que na semana passada foram solicitados documentos a respeito da PPP (Parceria Público-Privada) com a SBC Valorização de Resíduos Sólidos Revita e Lara, mas que os dados ainda não chegaram. “A coisa não funciona da noite para o dia. A Prefeitura não vai encaminhar o contrato para a CPI no dia seguinte a uma ligação para o prefeito. Vamos fazer tudo que tem de ser feito. Chegando a cópia do contrato, vamos analisá-lo e decidir quem vamos convocar”, ressaltou o tucano.

Samuel Alves não foi indicado pelo PSDB para participar da CPI do Lixo. Além de Ary, o tucano Juarez Tudo Azul representa a legenda no bloco – Juarez, aliás, é relator da CPI.

A primeira reunião deliberativa da comissão está marcada para o dia 8, uma semana após o Carnaval – no dia 1º, Quarta-Feira de Cinzas, não haverá sessão. A CPI terá duração de 120 dias, podendo ser prorrogada por mais 60. Vai avaliar se a SBC Valorização de Resíduos Sólidos cumpre todos os requisitos contratuais, em acordo assinado em 2011, ainda na gestão de Luiz Marinho (PT).