Os administradores argumentam que o motivo do atraso foi a obtenção de licença ambiental. "Demoramos um ano e meio para conseguir a licença para cortar algumas árvores", disse o diretor Urbano Sidney do Sacramento, ídolo do basquete brasileiro nos anos 1970.
O processo de tombamento do ginásio principal do complexo também atrapalhou o cronograma, dizem os gestores.
Apesar de estar atrasada, a obra é cuidadosa e atual. As instalações são 100% acessíveis para atender dois objetivos básicos: aulas e cursos gratuitos à população e torneios oficiais.
A preocupação com a acessibilidade convive com a arquitetura de 1940. A piscina, a primeira coberta e aquecida de São Paulo, conserva arquibancadas originais, por exemplo.
O Pacaembu também quer resgatar seu passado de glórias. Palco da cerimônia de abertura e encerramento dos Jogos Pan-Americanos de 1963, o estádio apresenta uma nova piscina, alinhada às exigências da Federação Internacional de Natação (Fina). O objetivo é também oferecer aulas gratuitas aos associados, mas voltar a receber competições de alto nível e rendimento. "O município não fornecia aulas gratuitas de natação à população. O foco da reforma foi democrático, portanto. Se íamos fazer a reforma, por que não fazê-la dentro dos padrões internacionais?", questionou Jorge Damião, atual secretário municipal de Esportes e Lazer.
A prefeitura vem realizando diversos workshops com representantes de federações e confederações para apresentar os diferenciais da piscina. A iniciativa foi bem-recebida, mas ainda não existem provas agendadas para este ano. As arquibancadas para 2 mil espectadores não recebem público desde o Sul-Americano de Polo Aquático de 2006. A piscina estava cheia na manhã de quarta-feira. Poucos usuários, porém, utilizaram o bloco de partida - plataforma na beirada da piscina de onde os competidores pulam na largada -, um dos diferenciais de piscinas oficiais.
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