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Exército americano mata mais de 110 em confrontos no Iraque
Do Diário OnLine
Com Agências
01/10/2004 | 16:44
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O Exército americano matou mais de 110 iraquianos em confrontos ocorridos nesta sexta-feira, em Bagdá e Samarra. Nesta cidade, localizada ao norte do país, 110 foram mortos e cerca de 180 ficaram feridos em conflitos entre soldados e milicianos da resistência iraquiana. Um militar dos EUA também morreu na operação, elevando para 1.048 o número de soldados mortos desde a invasão do Iraque.

A ação das forças dos Estados Unidos contra supostos alvos de rebeldes em Samarra começou ainda durante a madrugada, com ataques aéreos contra diversos imóveis. A investida prosseguiu por terra, com tanques e soldados, resultando na tomada de prédios e praças que estariam sob controle da resistência.

Cerca de 2.500 soldados americanos e mil homens do Exército iraquiano e da Guarda Nacional invadiram Samarra uma semana depois do fracasso das negociações para uma entrada pacífica na cidade. Em comunicado oficial, o comando militar dos EUA explicou que a ação foi uma "resposta aos repetidos ataques das forças anti-iraquianas" e teve como objetivo "apoiar o governo interino do Iraque e o povo de Samarra".

No meio de tanta destruição, o Exército americano anunciou ter conseguido libertar o turco Yahlin Kaya, que era mantido refém por resistentes em Samarra. O estrangeiro foi encaminhado para uma base da Força Multinacional.

Em Bagdá, nove milicianos xiitas e três civis morreram durante a madrugada em confrontos com o Exército americano no bairro periférico de Sadr City – famoso reduto dos milicianos da resistência.

Os confrontos, que duraram cerca de 3h, foram travados entre milicianos e uma patrulha militar americana que entrou numa das ruas de Sadr City. O Exército americano divulgou que ocorreram alguns "incidentes" durante a noite, mas sem mencionar vítimas.

Funerais - No bairro de Al-Amel, em Bagdá, dezenas de famílias organizaram nesta sexta-feira funerais para as 34 crianças que faleceram no triplo atentado suicida com carros-bomba, que foi reivindicado pelo grupo do extremista jordaniano Abu Mussab al Zarqawi.

"Pergunto à resistência: quer a 'jihad' matar crianças?", disse Abu Ahmad Abdel Karim, pai de um menino de 11 anos internado em estado grave numa unidade de tratamento intensivo.

O governo iraquiano condenou energicamente os atentados, estimando que o assassinato das 34 crianças "levava muito longe os limites da barbárie". Oito adultos também morreram neste duplo atentado, segundo o Ministério da Saúde iraquiano.




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