Os seguidos casos de interrupção no fornecimento de eletricidade pela Eletropaulo neste ano têm sido o terror de indústrias e consumidores, mas para empresas que trabalham com a locação de geradores, esses problemas são vistos como oportunidades de negócios. Esse é um dos fatores que têm impulsionado os resultados da Poit Energia, que tem sede em São Bernardo e unidade em Diadema.

A companhia tem registrado expressivo crescimento, que gira em 40% ao ano nos últimos cinco anos. Segundo o presidente, Wilson Poit, além dos apagões, as obras de infraestrutura - durante a fase de construção, as empreiteiras alugam esses equipamentos - explicam a evolução dos resultados. Ele projeta chegar ao final deste ano com faturamento de R$ 200 milhões e manter o ritmo de incremento nas vendas.

Para atender à demanda aquecida, a locadora - que oferece ainda outras estruturas temporárias, como torres de iluminação, contêineres, salas de refeitório e de treinamento - tem realizado fortes investimentos.

Em 2010, foram R$ 70 milhões aportados para ampliar a frota de geradores. A companhia conta com mais de 800 contêineres e 1.200 grandes equipamentos para locação, que somam potência de 450 MW. O ano passado também marcou a entrada da Poit em dois mercados: de alta potência, ao fornecer equipamentos para a cidade de Boa Vista, em Roraima; e de off shore (alto mar), ao passar a atender plataformas de petróleo.

Fundada em 1999 em Diadema, a empresa também tem expandindo sua atuação em termos geográficos. Conta com 14 filiais no mercado nacional e quatro unidades em países da América Latina (uma na Argentina, duas no Chile e uma no Peru). Além disso, o crescimento dos resultados é acompanhado pelo reforço do quadro de funcionários. Atualmente são 450 e há planos de contratações. Tanto que a companhia está com inscrições abertas para seu programa de trainees, destinado a estudantes de engenharia, administração, ciências contábeis ou economia (informações pelo site www.poit.com.br).

CAPITAL - A Poit pretende lançar ações na Bolsa de Valores em dois anos, o que pode dar condições de se manter em expansão, com redução de riscos e diminuição também do custo do capital. Ao longo dos anos, têm havido preparativos: em 2005, foi criado um conselho de administração e a locadora passou a ser auditada por empresa independente.