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Edinanci treina para quebrar tabu olímpico do judô feminino
Luiz Gerbelli
Especial para o Diário
18/07/2008 | 08:34
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Thales Stadler/DGBAC


A judoca Edinanci Silva, da categoria meio-pesado, vai tentar em Pequim um feito inédito para o judô feminino: a conquista de uma medalha olímpica. A modalidade já deu ao Brasil 12 medalhas em Olimpíadas (duas de ouro, três de prata e sete de bronze), porém nenhuma delas teve a participação feminina.

Edinanci, 31 anos, é o principal nome da seleção feminina de judô. No total, já participou de quatro Jogos Olímpicos e, em Pequim, espera ser a primeira judoca a subir no pódio.

"O judô feminino tem crescido cada dia mais. É uma categoria que está tendo uma atenção especial nesses últimos anos, principalmente desde 2006, quando começou o trabalho para os Jogos Pan-Americanos, o Mundial e a Olimpíada", afirmou. "Em Pequim, a expectativa é a de conquistar a primeira medalha para o judô feminino", concluiu.

Na Olimpíada, a atleta brasileira aponta as lutadoras do Japão, França, Cuba e China como fortes adversárias na busca pela tão sonhada medalha. 

De origem humilde, Edinanci começou a praticar judô aos 14 anos, em Campina Grande, na Paraíba. Três anos depois veio para Guarulhos e no ano seguinte desembarcou em São Caetano, equipe que defende até hoje.

Entre as suas principais conquistas estão as medalhas de bronze nos Mundiais de 1996 e 2003. Além disso, acumula os títulos dos Jogos Pan-Americanos de 2003, em Santo Domingo, e de 2007, no Rio de Janeiro.

Mesmo com treinamentos pesados para se manter entre as melhores do mundo, Edinanci garante que ainda tem tempo para relaxar. Nas horas vagas, toca violão para esquecer as competições e os desafios que terá de encarar.

Apesar do "carinho" pelo instrumento, a judoca revela que ele não irá acompanha-la na capital chinesa. "O violão vai ficar. Em Pequim meu objetivo é o de conquistar um bom resultado."

Carreira - Edinanci não pensa na aposentadoria da seleção brasileira após Pequim. De acordo com a lutadora, se ainda estiver em condições físicas daqui a quatro anos, poderá defender o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres.

"Se eu tiver ainda o espaço que eu tenho hoje no judô nacional, com certeza vou querer ir para a próxima Olimpíada. Eu, como atleta, tenho consciência que não vou ser eterna, que não vou ter sempre o mesmo vigor físico e técnico", disse.




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