Marcos Arakaki, 31 anos, ex-regente assistente da Orquestra Sinfônica de Santo André, não passou da segunda etapa do 2º Concurso Internacional de Regência Orquestral da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Nenhum brasileiro conseguiu ir para a final do concurso.

O teste de sexta-feira, do qual participaram seis candidatos, exigiu de Arakaki obra do autor brasileiro André Mehmari, a 6º Sinfonia de Beethoven, opus 68 e Fausto, de Charles Gounod. A final será realizada neste sábado, a partir das 10h, na Sala São Paulo.

Os finalistas são o argentino Christian Baldini, o japonês, Kodo Yamagishi e o chileno Victor Hugo Toro. Ao vencedor será oferecido um prêmio de R$ 16 mil e um contrato de um ano para Regente Assistente da Osesp. Aos demais finalistas, o prêmio é de R$ 7 mil.

Os candidatos tiveram mais tempo para realizar as performances e contaram com a participação de solistas convidados, Luis Fabiano, piano, Lys Nardoto, soprano – que se apresentou com a regência de Arakaki –, Marcos Liesenberg, tenor e Michel de Souza, barítono. Arakaki considerou "a prova cansativa porque tivemos que ficar o dia inteiro na Osesp e fazer várias apresentações na parte da manhã e da tarde", afirmou.

Os candidatos que passaram para a segunda fase receberam depois de anunciados, obra do autor brasileiro André Mehmari inédita, portanto, tiveram que estudar no curto espaço de tempo entre o fim da tarde de quinta-feira e o meio da manhã sexta-feira. Sobre a difícil profissão que escolheu ele diz que "tem que conhecer muito bem a partitura, ter boa expressão nos gestos para se comunicar com os músicos", e ter "simpatia e carisma também é importante para cativar os membros da orquestra", acredita.

Marcos Arakaki não tem tradição de músicos na família e disse que "entrou por acaso no mundo restrito da música erudita". Ele é violinista, graduado pela Unesp (Universidade do Estado de São Paulo), mestre em regência orquestral pela Universidade de Massachusetts em Amherst.

Como próximos compromissos, Arakaki tem concertos com a Orquestra Sinfônica da Paraíba, em abril, Sinfônica da Unicamp, em maio, e Amazonas Filarmônica, em Setembro e a Orquestra Experimental de Repertório de São Paulo, em outubro.