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Volpi espera STF, mas articula com Bio
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
31/05/2011 | 07:30
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A semana é de muita expectativa para o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV). O futuro político dele deve ser resolvido até sexta-feira, quando o Supremo Tribunal Federal responderá se o desejo nutrido pelo chefe do Executivo a concorrer ao Paço de Mauá, no ano que vem, é legal. A expectativa de advogados ligados ao verde não é das melhores, tendo em vista que diversos prefeitos itinerantes perderam seus mandatos. No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que a prática não está em conformidade com a lei. "Se não conseguirmos o aval juridicamente, vamos ter candidato em Mauá", afirmou.

Por conta do quadro pouco favorável, Volpi já articula nome para disputa na cidade vizinha à sua. Paulo Bio (PMDB) é alvo. Amigos, os dois têm discutido possibilidade de candidatura. "O Clóvis (Volpi) é meu amigo, uma pessoa que respeito muito. As conversas existem. É uma bela situação. Sou simpático ao PV", afirmou o peemedebista.

O prefeito se mostrou animado com a articulação. "Ele é muito bem-vindo no partido, pois é um excelente quadro. Mas ele tem que resolver a situação dele dentro do PMDB", declarou.

Desde abril, Bio - presidente do PMDB na cidade - tem brigado com a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), que tenta impor sua candidatura à prefeita, desprezando o correligionário, detentor do mesmo desejo. "Estou nesse embate. Temos pensamentos diferentes. Quero resolver esse problema antes de qualquer coisa", declarou. O presidente estadual da sigla, Baleia Rossi, pediu a dissolução do diretório municipal.

Caso Bio seja candidato ao Paço, o eleitorado a ser conquistado será o mesmo de Vanessa. Nos bastidores da política em Mauá, especula-se que as diferenças entre Volpi e a deputada sejam os principais catalisadores desta aliança eleitoral. Vanessa saiu do PV brigada com o prefeito, que era oposição a ela dentro da sigla.

 

ÚLTIMA CHANCE

Se o parecer do STF for desfavorável, a única saída para o verde concorrer em Mauá é a renúncia. De acordo com a lei 9.504/97, troca de domicílio eleitoral deve ocorrer até um ano antes do pleito, ou seja, até 30 de setembro. Outro empecilho é a Lei Orgânica de Ribeirão Pires. O texto não permite que chefe do Executivo more fora da cidade. Volpi enviou projeto ao Legislativo para mudar o artigo da legislação, mas a matéria espera votação.




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