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Torre do relógio passa por restauração em Paranapiacaba
Andrea Catão
Do Diário do Grande ABC
16/04/2004 | 22:17
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A torre do relógio de Paranapiacaba vai passar por restauração, que deve estar concluída até o fim de maio. Nesta semana, a empresa Gepas Arquitetura e Restauração colocou andaimes ao redor da torre que, primeiramente, passará por uma limpeza geral. As obras, que fazem parte das comemorações dos 150 anos da ferrovia no Brasil, vão custar R$ 200 mil e são custeadas pela MRS Logística, concessionária do transporte de carga pela linha de Paranapiacaba.

O arquiteto responsável pelo restauro, Gino Caldatto, disse que as principais intervenções na torre serão externas. Na primeira fase da obra, a limpeza da torre vai servir não só para retirar a camada de fungos que se formou sobre os tijolos e o concreto, como para revelar a cor original da torre quando da construção.

"Essa restauração será simples, tanto é que deve estar concluída em, no máximo, 40 dias. A torre foi pouco danificada e sua estrutura ainda permanece intacta", disse o arquiteto. Ele afirmou que será necessário apenas substituir alguns tijolos quebrados e trocar parte das grades de ferro, que foram corroídas pela ferrugem.

O relógio da torre voltou a funcionar em 2003 e não deve passar por novo restauro. "Vamos instalar, de forma a não comprometer a construção, uma fiação elétrica para iluminar o relógio a partir de seu interior. A intenção é fazer com que ele seja uma referência na Vila", disse Caldatto. A escadaria interna, segundo ele, está em bom estado. Somente alguns trechos do piso é que necessitam de reparos.

Segundo ele, a MRS Logística pediu uma avaliação de mais três construções em Paranapiacaba. "A MRS quer recuperar outros prédios que fazem parte do complexo ferroviário de São Paulo. A estação da Luz e a de Santos já passaram por restauração. Falta agora a de Paranapiacaba e a de Jundiaí."

A empresa de arquitetura, com sede em Santos, trabalhou no restauro de outras construções históricas, entre elas Cinemateca Brasileira e a fachada do antigo Dops (Departamento de Ordem Política e Social).

Incêndio – A linha ferroviária da Vila data de 1888, mas desta construção pouco, ou quase nada, restou. A torre e o relógio começaram a ser construídos em 1895 e foram inaugurados em 1901, quando também foram finalizadas as obras da segunda estação construída no local, toda em madeira. O mecanismo do relógio ainda é o original vindo da Inglaterra.

Na década de 70, parte da antiga estação foi demolida. Na década seguinte um incêndio destruiu a construção de madeira, permanecendo apenas a torre e o relógio originais.




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