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Campanha dos Correios atende 2.196 crianças carentes da região
Victor Hugo Storti
especial para o Diário
20/11/2016 | 07:07
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A campanha Papai Noel dos Correios, que incentiva a adoção de cartas de Natal feitas por crianças de até 10 anos, chega a 27ª edição neste ano. Apesar de tradicional, o projeto ainda busca expansão no Grande ABC, tendo em vista que apenas 31,36% das correspondências escritas por pequenos moradores das sete cidades, em sua maioria carentes, foram apadrinhadas em 2015 – 2.196 dos 7.001 pedidos natalinos.

No Brasil todo, foram quase 500 mil cartas adotadas. De acordo com o gerente regional dos Correios no Grande ABC, Ronald Cavalcanti, a iniciativa busca atender crianças em situação de vulnerabilidade social. “A expectativa é atingir cada vez número maior de crianças, principalmente por conta do momento econômico do País, com muitos pais de família desempregados.”

Cavalcanti ressalta que, apesar de menos da metade das correspondências terem sido adotadas no ano passado, a campanha já se tornou tradição para muitos moradores das sete cidades. “As pessoas chegam a procurar as agências dos Correios até mesmo antes da data de lançamento da iniciativa, porque viram a seriedade do programa e a alegria das crianças quando recebem os presentes.”

O gerente regional explica que o propósito do programa é justamente desempenhar papel social. “Basta trazer um pouco de alegria e esperança para as crianças, que são o futuro”. Cavalcanti lembra, inclusive, que o presente dado pelos padrinhos por intermédio dos Correios pode ser o único recebido pelas crianças atendidas no Natal. “Muitas pessoas leem as cartas e acabam se emocionando por conta dos pedidos simples”, completou.

A servente geral Clarice Marcelo, 33 anos, que foi deixar a cartinha escrita pelos dois filhos na agência dos Correios do Centro de Santo André na tarde de sexta-feira, destacou que as crianças pediram materiais escolares para o ano que vem. “É uma ação importante, porque não deixa o espírito natalino morrer e também mostra que ainda há pessoas boas no mundo dispostas a ajudar”, disse.

Já a diarista Selma Cruz, 38, depositou a correspondência elaborada pela filha com esperança de que, mais uma vez, o desejo da menina seja atendido. “Participo todos os anos. As crianças ficam na expectativa, porque elas acreditam que é realmente o Papai Noel quem faz a entrega dos presentes. É uma sensação incrível”, revelou.

Já a estudante Débora Jesus, 9, foi até a agência dos Correios no sentido contrário. Preferiu adotar, junto com a mãe, cartinha e, com isso, melhorar o fim de ano uma criança. “A carta que peguei pede uma roupa e um calçado para passar o Natal. É uma coisa nova para mim e fico feliz, porque ajudo alguém que realmente precisa”, afirmou. Questionada se também iria redigir uma correspondência para a campanha, a pequena cidadã foi enfática. “Não vou escrever, porque sei que há pessoas que precisam mais do que eu”.

Os interessados em participar devem se dirigir até uma agência dos Correios. A postagem da correspondência é gratuita. 




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