Nos Estados Unidos , os investidores saíram do mercado de bônus e foram para as bolsas, em busca de setores que devem ser beneficiados pelo governo Trump, como o financeiro, petróleo e saúde. Outro movimento foi a fuga de recursos de emergentes. Do dia das eleições, 8 de novembro, até ontem, a retirada de capital somou US$ 10 bilhões.
A aposta de adoção de políticas pró-crescimento por Trump, com medidas de corte de tributos e aumento de gastos públicos, fez com que os agentes elevassem as expectativas de inflação para os EUA, que estão no maior nível em 12 meses. Com isso, espera-se que os juros do país tenham alta mais acentuada. Isso fez os investidores realocarem suas carteiras.
Emergentes. As moedas de emergentes, destaca o IIF, têm sido particularmente afetadas pela realocação das carteiras. "Tensões têm sido mais pronunciadas em países com maior necessidade de financiamento externo, como Brasil, México, África do Sul e Turquia", afirma o relatório
Já as economias com maior perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como Índia e Indonésia, têm tido impacto mais moderado, ressalta o IIF.
As saídas estão ocorrendo em várias regiões dos emergentes e tanto das aplicações de renda fixa quanto de renda variável. Na renda fixa, a fuga de recursos na última semana é a maior em cinco anos, superando o chamado "Taper Tantrum" em 2013, quando o Fed falou pela primeira vez que iria reduzir os estímulos monetários extraordinários no país.
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