Política Titulo CPI em São Bernardo
Atual gestora do Imasf estima rombo de R$ 5 mi e culpa antecessor
Leandro Baldini
17/11/2016 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Em oitiva ontem à CPI do Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo), em São Bernardo, a atual superintendente da autarquia, Glória Kono, admitiu que o rombo financeiro da instituição é de aproximadamente R$ 5 milhões, porém passou a culpa para a gestão de seu antecessor, Valdir Miraglia.

O Imasf, que gerencia assistência médica dos 20 mil funcionários, teve a antiga diretoria – coordenada por Miraglia – destituída em setembro de 2015, em meio a crises administrativa e financeira. O prefeito Luiz Marinho (PT) nomeou Glória, então presidente do SBCPrev, em outubro.

“Eu não tinha clareza da real situação financeira do Imasf. Não estava sadio e o que conseguimos foi implementar medidas para reduzir medidas administrativas e assistenciais. O rombo estava em R$ 8,6 milhões e hoje conseguimos reduzir para R$ 5 milhões. O que temos de fazer é seguir com esse controle”, avaliou a atual chefe da autarquia, que foi sabatinada por oito dos 13 vereadores que compõem a CPI. Os trabalhos foram comandados pelos oposicionistas Julinho Fuzari (PPS), que presidiu sessão, e Pery Cartola (PSDB), autor do pedido de investigação. No mês passado, Miraglia prestou oitiva aos parlamentares e alegou não ter cometido qualquer irregularidade durante gestão, além de informar não ter contraído dívidas.

“Depende do que ele (Miraglia) entende por dívida. De 2011 para cá os balanços financeiros apontam seguidos deficits. Sendo 2014 o ano mais crítico, cuja despesa anual somou R$ 132,7 milhões diante de uma receita de R$ 109,1 milhões”, acrescentou Glória.

Uma das ações detalhadas pela superintendente foi a troca do Instituto Acqua pela FUABC (Fundação do ABC) na operacionalização de serviços. O contrato era de R$ 12 milhões por ano. A empresa colecionava denúncias de irregularidades e foi classificada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) inapta a gerenciar serviços públicos. “Com a Fundação, o gasto é de R$ 5 milhões, o que nos ajuda a dar um fôlego”.

Vereadores oficializaram documento pedindo quebra do sigilo bancário de Miraglia. Também decidiram pela convocação de representante do Acqua e da diretora do Imasf. 




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