Em Santo André, o diretor do Departamento de Informática, Márcio Bellisomi, explicou que, em 1997, foi feita uma grande mudança de tecnologia. "Migramos para a rede NT, com servidores Unix e NT." Segundo ele, a maior parte dos novos equipamentos adquiridos já estava atualizada.

"Nós estamos confortáveis no que diz respeito aos grandes sistemas, como arrecadaçao, orçamento, contabilidade, folha de pagamento e estoque. Quando migramos para os novos servidores tivemos de recompilar todos os dados e já mudamos as datas para quatro dígitos", disse Bellisomi.

O que falta agora para a Prefeitura é acertar detalhes isolados de cada sistema. "Nao acredito que teremos problemas", garantiu. A Prefeitura de Santo André tem cerca de 900 microcomputadores, a grande parte em rede, e todos foram comprados de 1997 para cá. "O Windows 95 e o Office nao foram preparados para o bug e a atualizaçao dos programas demora cerca de 1h30 por máquina", disse. Por conta disso, a Prefeitura tem cinco pessoas fazendo a correçao de softwares de todos os micros. "Até agora, corrigimos aproximadamente metade dos micros e deveremos terminar a tempo. De qualquer modo, nao haverá risco de parar a prefeitura."

Dos 900 micros, 180 sao destinados à educaçao. Cada escola municipal tem pelo menos dois equipamentos ligados à Prefeitura via modem e 15 escolas possuem laboratórios de informática, cada um com oito equipamentos. "Dois profissionais estao fazendo as correçoes nos equipamentos das escolas."

O sistema da saúde é terceirizado e já foi criado considerando o ano 2000. Quanto aos equipamentos médicos do Centro Hospitar de Santo André, Bellissomi informou que o governo federal publicou uma cartilha sobre os possíveis problemas que poderao ocorrer e que a Prefeitura já está fazendo as checagens com os fornecedores de acordo com as recomendaçoes da cartilha.

O sistema de telefonia da Prefeitura, comprado em 1990, é um equipamento canadense que já estava preparado para o ano 2000. Além disso, foi feita a checagem do software de tarifaçao de telefonia.

Sao Bernardo - A Prefeitura de Sao Bernardo trabalha com duas plataformas diferentes: o mainframe para o sistema corporativo e os sistemas distribuídos, formado por redes de microcomputadores (sao 70 sistemas para as áreas jurídica, educaçao e obras, entre outras).

Nos sistemas corporativos, como o de administraçao de recursos humanos, de automaçao de bibliotecas públicas, arrecadaçao municipal e atendimento de expedientes municipais, foi necessário ampliar os campos de datas.

Segundo Pedro Antônio de Moura, diretor do Departamento de Informática, o primeiro passo foi a realizaçao de um inventário dos sistemas, tanto corporativos como distribuídos. "Verificamos que alguns estavam defasados", disse. No total, sao 900 mil linhas de código nos sistemas corporativos e a correçao começou a ser feita há dois anos. "Já fizemos os testes de verificaçao das linhas de código e até agora tudo deu certo."

Moura afirmou que 95% do mainframe já foi convertido e o sistema distribuído deverá estar concluído até o final deste mês. Atualmente, a Prefeitura conta com 936 micros. Dentro desse parque, ainda existem equipamentos 286 e 386. Sao 114 equipamentos mais antigos, que serao sucateados. "Fizemos a análise dessas máquinas e chegamos à conclusao de que nao adianta mantê-las." A Prefeitura está adquirindo mais 119 Pentium para substituir as máquinas defasadas.

Os sistemas de saúde e educaçao, segundo Moura, também estao sendo corrigidos. "Temos procurado tomar todas as precauçoes recomendadas por especialistas do bug. Além disso, estaremos atentos e nao sairemos de férias no início do ano para acompanhar o desempenho de todos os sistemas", argumentou.

Moura afirmou que haverá uma equipe de contingência com funcionários de seu departamento preparados para tomar decisoes rápidas no caso de qualquer problema. "As medidas tomadas até agora estao funcionando e por isso estamos mais tranqüilos."