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TSE mira 6 políticos
do Grande ABC

Resolução aplica Ficha Limpa, aprovada semana passada, a
candidatos com prestação de contas de campanha reprovada

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
12/03/2012 | 07:51
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A aprovação de resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na semana passada, que enquadra políticos com prestação de contas de campanha de anos anteriores na Lei da Ficha Limpa afetará ao menos seis nomes da região que devem estar na eleição de outubro.

Dos 60 candidatos do Grande ABC em 2010, seis tiveram contas rejeitadas pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo): Ricardo Alvarez (Psol-Santo André), Osvaldo Camargo (PPS-São Bernardo), Cida Ferreira (PMDB-Diadema), Lair da Apae (PMN-Ribeirão Pires), José Luiz Francia (PRTB-Ribeirão Pires) e Anderson Grecco (PP-Ribeirão Pires).

Segundo a resolução, os que tiveram conta rejeitada da campanha de 2010 estãoa excluídos automaticamente do pleito deste ano. Se a negativa for de eleições anteriores, o registro das candidaturas dependerá da análise de cada caso.

O sexteto da região recorre das decisões feitas em plenário do TRE-SP, porém, alguns já tiveram recursos negados pela Corte. A defesa de Cida Ferreira, por exemplo, tenta levar o processo a outras instâncias para inocentá-la. Ainda não conseguiu. "Meu advogado está cuidando disso. Acredito que há contestação de coisas simples, como recibo", disse a peemedebista, que disputou vaga na Assembleia. O advogado Waldir Salles Lopes, que defende a vereadora de Diadema, não retornou às ligações.

CS10.4Pressionado por correligionários para concorrer à Prefeitura de Santo André, Ricardo Alvarez alegou que suas contas foram aprovadas pelo tribunal. "A única consideração feita foi que meu partido (Psol) ainda não tinha conta bancária para demonstrar movimentações financeiras. E logo será sanado", disse. No site do TSE, no processo de Alvarez consta que o colegiado do TRE rejeitou a prestação de contas de sua candidatura a deputado federal.

Ex-vereador de São Bernardo, Osvaldo Camargo alegou que o TRE questionou uma movimentação financeira de R$ 4,50. "A gerente da Caixa Econômica Federal, em vez de depositar o valor, disse que seria referente a uma taxa. Já mostrei para o tribunal que o erro foi do banco", comentou o popular-socialista, pré-candidato à Câmara.

Os outros três não foram encontrados para se pronunciar.

 

NA BERLINDA

Outros processos em tramitação no TRE podem incrementar a lista atual de rejeitados pela corte. Nove prestações de contas são analisadas pelo tribunal, mas já receberam pareceres negativos de setores técnicos da instituição. As ações ainda não foram julgadas pelos juízes eleitorais.

São os casos de Jurandir Gallo (PT-Santo André), Vandir Mognon (PSB-São Bernardo), José Walter Tavares (PCdoB-São Bernardo), Pastor Ivanildo Santana (PTB-São Bernardo), José Antônio da Silva (PT-Diadema), Renato do Geb (PT-Diadema), Batoré (PP-Mauá), Jesomar Alves Lobo (PCdoB-Mauá) e Márcio Chaves (PT-Mauá). Todos brigam judicialmente para legalizar a situação e não terem problemas eleitorais futuros.

Na semana passada, quando o TSE aprovou a resolução, a ministra Nancy Andrighi justificou o voto que autorizou a medida para o pleito deste ano. "O candidato que foi negligente e não observou os ditames legais não pode ter o mesmo tratamento daquele zeloso que cumpriu com seus deveres. Assim, a aprovação das contas não pode ter a mesma consequência da desaprovação", discursou.




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