Os Irmãos Metralha, como eram conhecidos na década de 70 no Canindé, enfrentaram no campo mitos como Pelé, Coutinho, Gerson, Ademir da Guia e Dudu. Em compensação, a Lusa tinha nomes consagrados como os de Enéas, Xaxá, Tatá, Cabinho, Pescuma, Badeco, Cardosinho e Wilsinho. Isidoro jogou 16 anos na Portuguesa e marcou Pelé várias vezes. “Ele raciocinava sempre dez segundos na sua frente. Um vacilo e o ‘negão’ estava na porta do gol. Nem pelo pescoço era possível brecá-lo na corrida”, lembrou domingo, Isidoro, que já esperava uma boa estréia da Portuguesa contra o União São João.
Ainda em 1973, a Lusa ganhou o Torneio Laudo Natel ao golear o Guarani por 4 a 0, depois de bater o São Paulo por 2 a 0. “O interessante é que tínhamos de vencer por quatro gols de diferença e vencemos”. Recentemente, Isidoro se emocionou: foi homenageado pela diretoria do clube. O seu nome faz parte de um livro de ouro dos melhores jogadores da história da equipe. “Fiquei feliz. Algo que eu não esperava, mas valeu. Enriqueceu meu acervo particular”, declarou Isidoro, que há alguns anos “mata saudades” no Campeonato Pé na Bola, do Aramaçan de Santo André.
Sobre o título dividido com o Santos, em 1973, Isidoro completa: “O juíz Armando Marques errou na contagem dos pênaltis. De qualquer forma, foi uma façanha. Mas valeu. Nós e eles ainda tínhamos dois penais pela frente. A diferença é que os dois pênaltis do Santos seriam batidos por Pelé e Clodoaldo. Aí é que morava o perigo”, recordou Isidoro, saudoso dos bons tempos da Lusa.
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