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População do Grande ABC está menos sedentária
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
31/01/2007 | 23:39
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A população do Grande ABC está menos sedentária. É o que mostra a pesquisa divulgada, terça-feira, pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. De acordo com o estudo, 63,1% das pessoas na região com mais de 14 anos praticam atividades físicas diariamente. Número que representa, em 2006, um aumento de 4,5% em comparação com a mesma pesquisa feita em 2003.

No Estado, o número de pessoas que se exercitam regularmente aumentou 38% . Segundo o estudo, cerca de 75% da população costuma dedicar 30 minutos às atividades físicas – tempo mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A cidade com o melhor índice é a de Santos, com 72,4% de praticantes. A região metropolitana de São Paulo, excluindo o Grande ABC, apresentou um dos piores índices: apenas 51,2% da população faz exercícios físicos diários.

Praticar atividade física é uma questão cultural e está diretamente ligada à formação de cada povo. No Brasil, o hábito está sendo adquirido lentamente. “O brasileiro sempre valorizou a cultura da inatividade como uma forma de status. Essa mentalidade foi trazida pelos colonizadores. Até metade do século 20, evitar esforço era chique”, afirma o professor do Departamento de Educação Física da PUC, Carol Kolyniak. Enquanto a população ainda tenta compreender a importância de atividades físicas, a comodidade tecnológica está em alta. Cada dia mais, a modernidade diminui os esforços físicos.

Fazer atividade física não se limita a praticar esportes . “Atividade física é definida como qualquer movimento corporal que resulte em gasto de energia. Estão na lista: correr, varrer a casa, pular, subir escadas e outros”, explica o diretor estadual de Saúde, Ricardo Tardelli. Segundo ele, o objetivo do relatório elaborado pela Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano) era avaliar a aptidão física da população do Estado.

Apesar dos resultados otimistas mostrados na pesquisa, o instrutor de pesquisa da Celafiscs, Luis Carlos de Oliveira, alerta que ainda não é suficiente. “Uma parte da população ainda não tem este costume e corre riscos de adquirir doenças que são resultado do estilo de vida sedentário”, conta. Entre as doenças estão hipertensão, obesidade, taxa de colesterol alta. Na região, apenas 9,8% da população pratica diariamente mais exercícios que o recomendado pela OMS.



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