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Setor de brinquedos se
reúne em feira em abril
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
18/03/2011 | 07:07
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A 28ª edição da Abrin, Feira Brasileira de Brinquedos, que acontece entre 13 e 16 de abril, contará com sete empresas da região. Apesar do peso desse parque frente ao mercado nacional, o número ainda é modesto se comparado às 200 fabricantes esperadas no evento. A expectativa é que 16 mil lojistas e profissionais do setor confiram 1.500 lançamentos no encontro. A quantidade de visitantes é a mesma de 2010 - 22% maior do que em 2009.

A força industrial do universo de bonecos e jogos de tabuleiro do Grande ABC causa inveja em países do continente. O presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Synésio Batista da Costa, afirma que países vizinhos - como Peru e Uruguai - têm até menos fábricas do que na região, que também tem importância no mercado interno. O Estado responde por 40% da produção nacional, e as sete cidades representam 8% do montante.

Costa estima alta de 15% no setor até dezembro e avalia que a evolução irá refletir na região. "Sempre foi um grande polo industrial. O setor de brinquedos está muito bem representado por sete indústrias (do Grande ABC)", defendeu.

O palco de negociações que será deflagrado em abril é considerado o maior da América Latina e o terceiro do mundo. E os representantes regionais atestam essa relevância. O gerente comercial da Grow, Gustavo Arruda, considera a Abrin o melhor negócio para o ano. A fábrica da marca, localizada em São Bernardo, prevê impulsionar as comercilizações em 10% neste ano.

"É quando apresentamos para o mercado as principais novidades que teremos no ano", diz Arruda, ao explicar que apostará nos jogos de tabuleiro, quebra-cabeças e bonecos de personagens - muitos licenciados pela Fox e Disney, além da Turma da Mônica, para atrair consumidores. A feira, sediada na Capital, prepara o varejo para datas de maior consumo, como o Dia das Crianças e o Natal. Lançamentos são aguardados, entre os quais educativos, fantasias, eletrônicos, entre outros. Boa parte dos itens irá preencher prateleiras das lojas ainda neste primeiro semestre.

A importadora Giroflê, de São Caetano, apresentará novidades estrangeiras no evento. "Vem gente de todo o Brasil, que fica encantada com nossos produtos, diferenciados", conta o diretor Renato Carmargo Valery, que vai apostar nas miniaturas colecionáveis, além de itens não poluentes.

Concorrência desleal e logística geram reclamações

São muitos os protestos quanto à logística no setor de brinquedos do País. "Tive produtos parados no porto por seis meses. Antes, demorava 15 dias para liberar", reclama Valery, da Giroflê. Ele diz que produtores nacionais não conseguem competir - em qualidade - com estrangeiros.

Arruda, da Grow, não concorda. Ele conta que o único quesito em que a indústria nacional perde é nos preços. "Sobretudo contra produtos chineses." Aliás, os asiáticos são alvo de Costa, da Abrinq, ao pedir que lojistas e consumidores optem pelos nacionais. "Os chineses acabaram com as indústrias do continente. As fábricas do Brasil são as poucas que ainda conseguem sobreviver."

Ele acrescenta que, ao se abastecer de itens muitas vezes ilegais, o risco é gerar empregos na China, "contra os do próprio Grande ABC".




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