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Timão espanta fantasmas no Pacaembu
Das Agências
23/04/2011 | 07:30
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É como se o episódio Tolima não saísse da memória do técnico Tite na véspera de o Corinthians iniciar o mata-mata do Paulistão diante do Oeste de Itápolis, às 18h30 de hoje, no Pacaembu. O trauma da Copa Libertadores ainda persegue o comandante alvinegro. Durante a entrevista coletiva de ontem, no CT Joaquim Grava, houve quem perguntasse a respeito do fantasma que o incomoda. "Não gosto do exemplo nem da comparação. Não sou de fugir (do tema Libertadores), mas não é preciso que me lembrem disso", reagiu Tite, ao recusar-se a nivelar o Tolima ao Oeste.

A insistência dos repórteres parecia intrigá-lo. "Vocês (jornalistas) entenderam a minha resposta anterior. De vocês, é normal (que toquem no assunto). Sei que vocês querem ligar as coisas (os dois rivais)", protestou.

Ao fim da coletiva, Tite deu a entender que alguém dos bastidores do Corinthians o teria criticado. E que, em caso de eliminação, o cargo estaria ameaçado. Preferiu não citar nomes. Mas admitiu que as pressões não chegam a preocupá-lo.

 

TIME

Tite definiu ontem os titulares que encaram as quartas de final do Paulistão. O atacante Dentinho, que se envolveu em acidente automobilístico e não pôde participar do treino de quarta-feira, compõe a dupla de frente, a exemplo do artilheiro Liedson, intocável no sistema ofensivo do Timão. Bruno César ganhou a vaga de Morais no meio-campo.

Uma das novidades é o retorno do aniversariante Jorge Henrique, 29 anos, desfalque nas três últimas rodadas para cumprir suspensão e se recuperar da contratura na coxa esquerda. "Se vier a classificação, meu dia será mais do que perfeito", disse.

Algumas coincidências o envolvem ao completar a terceira temporada no Parque São Jorge. Além de ter o primeiro nome ligado ao padroeiro do clube, o atleta comemora o aniversário na data em que o santo é celebrado. Para fechar o mapa da bem-sucedida carreira, ele utiliza o número 23 nas costas. "Sempre me destaquei como guerreiro igual ao nosso protetor. É normal que isso me orgulhe", concluiu o baixinho.

 

Artilheiros preferem trocar elogios

É briga de matadores. De um lado, Liedson. De outro, Fábio Santos. Sem espaço para falhas, Corinthians e Oeste apostam nos respectivos goleadores para chegar às semifinais do Campeonato Paulista. A exemplo do meia santista Elano, Liedson divide a ponta da artilharia do Estadual - até agora, os dois cravaram dez gols cada.

Em seguida, Fábio Santos, um a menos, procura transferir a responsabilidade ao Corinthians do rival Liedson. Ele prefere adotar postura bem discreta. "Antes, ninguém acreditava no Oeste, mas comemos pelas beiradas. É bom que assim seja. É melhor que não confiem na gente. O futebol se decide lá dentro (do campo)", disse.

Comparativamente, o momento de Fábio Santos é superior ao de Liedson, que estacionou. Nas últimas quatro rodadas, afinal, o atirador do Oeste conseguiu marcar três gols que selaram a classificação dos interioranos (sexto na primeira fase).

Mesmo assim, Fábio Santos reconhece a experiência de quem voltou muito badalado ao Parque São Jorge. "Confesso que o Liedson é uma de minhas referências."

Então, Liedson não pensou duas vezes para devolver os elogios. "O Fábio já comprovou que é perigoso nos lances de área. Aqui, a gente o conhece muito bem. Sabemos que não podemos nos descuidar. Ficaremos atentos", avisou.

 

Alvinegro também dá ênfase a cobranças de faltas e pênaltis

Tite voltou ontem a ensaiar cobranças de faltas e de pênaltis. É uma das preocupações do Corinthians para o confronto decisivo de hoje, diante do Oeste. "Fico atento às diferentes circunstâncias que podem decidir o resultado. É preciso levar em conta os detalhes defensivos e também os ofensivos. É o que fizemos nos dois últimos treinos", disse.

O camisa um Júlio César alertou os companheiros para o nível da zaga do Oeste - a quarta menos vazada, tomou apenas 17 gols. Segundo ele, o goleiro Fábio é um dos maiores responsáveis pela boa performance. "É muito seguro. Acompanho-o não é de hoje. Conheço-o desde os tempos em que defendia o Guará", lembrou.

O tamanho do goleiro do Oeste poderia dificultar a tarefa do Corinthians em uma eventual disputa pela vaga. Mas, na opinião de Bruno César, converter ou não os pênaltis é uma questão de equilíbrio. O canhotinha destacou-se neste fundamento durante a semana. "Queremos resolver no tempo normal", prometeu.




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