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E-commerce abre espaço para novatos
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
07/09/2011 | 07:30
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O e-commerce é a atividade comercial desempenhada por meio de algum recurso tecnológico. Inclui-se aí compra e venda pela internet, mas também por celulares, telefones e outros dispositivos eletrônicos. Não existe curso de graduação específico para quem quer atuar na área, mas conhecimentos sobre administração, logística, sistemas de tecnologia, marketing e números é essencial.

Igor Senra, 33 anos, ingressou no ramo por ser empreendedor. Aos 14 anos, começou a trabalhar na loja de roupas do pai. Dois anos depois, já tinha loja própria e, até os 25 anos, administrou rede de negócios no setor. Enquanto isso, cursou faculdade de administração. "Aplicava os conhecimentos adquiridos na sala de aula na minha empresa", lembrou.

Amigos o convenceram a vender a loja física para montar uma empresa prestadora de serviços ao comércio eletrônico. "Nunca tinha atuado na internet, mas transferi os conhecimentos que adquiri na compra e venda comum para a rede." Para conhecer mais sobre a área em que passou a atuar, Senra foi autodidata: pesquisou a fundo o que podia e aprendeu na prática.

Para quem quer se destacar no setor, é importante ficar atento à credibilidade e às formas de pagamento oferecidas ao consumidor. Com a ascensão da classe C e a possibilidade de ampliar a clientela, Senra acredita que o mercado tende a crescer. "Quem quer estar na área precisa ficar atento às mudanças da tecnologia e se atualizar constantemente."

Ser empreendedor, inclusive, é característica de quem está nesse mercado. David Reck, 30, é formado em Ciências da Computação, mas quando terminou a faculdade já estava há dez anos no ramo da comunicação digital. "O profissional que quer trabalhar na área pode vir de diversas formações, tanto da área de exatas quanto de comunicação", destacou. O que é essencial é a capacidade de adaptação à tecnologia, que muda rapidamente. 

NÚMEROS
Manter a sustentabilidade do negócio é outra dificuldade para os varejistas na internet. Pesquisa da E-commerce School, feita entre janeiro e agosto de 2011, apontou que há 23 mil lojas virtuais no Brasil, mas, do total, apenas 30% estão ativas, ou seja, realizam ao menos dez vendas por mês. A estimativa é de que, até 2014, o número chegue a 45 mil e a proporção de lojas ativas se mantenha estável.

Mesmo assim, o mercado está aquecido: as vendas do e-commerce cresceram 24% no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a E-bit, empresa que realiza pesquisas sobre hábitos e tendências do setor. Portanto, é a hora de investir na carreira e embarcar nessa onda, que promete lucros que podem chegar a R$ 12 mil por mês.

 

Talento artístico motiva escolha profissional 

No colégio Jean Piaget, na Vila Mortari, em Ribeirão Pires, a escolha profissional de muitos alunos é influenciada por seus dotes artísticos. Meninos e meninas da escola participaram ontem do Desafio de Redação, concurso literário promovido pelo Diário. Nesta quinta edição, dois temas foram propostos: Profissões do Futuro (alunos até o 2º ano do Ensino Médio) e Profissões do Pré-sal, da Indústria do Petróleo e Gás (3º ano do Médio).

As estudantes Ágata Silva e Lauane Lima, ambas com 12 anos e cursando o 7º ano do Ensino Fundamental, têm em comum a paixão pelo desenho. Ágata deseja ser arquiteta. "Gosto de desenhar e de planejar um lugar onde as pessoas possam viver", disse. Contudo, a profissão exige amplo conhecimento de Matemática, disciplina que está longe de ser uma das preferidas de Lauane. Por isso, ela quer se dedicar ao mundo passarelas. "Ainda não me decidi, mas amo a área de moda."

Na EE Professora Ruth Neves Sant'Anna, Camila Roldão, 16 anos, escolheu caminho bem diferente: sonha em montar um negócio próprio. "Prefiro correr o risco de ter uma coisa minha, porque depende só de mim", disse a garota, que pretende cursar faculdade de administração. (Bruno Martins e Luana Arrais)




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