“Uma terceira opção seria destinar o terreno para o lazer de pessoas que tenham cavalo no município ou até charretes”, disse ele. Segundo Gusman Filho, ainda é impossível precisar o que a população do município poderá usufruir no local e qual é o custo do investimento. “A Diretoria da Saúde e Vigilância Sanitária começou a estudar a viabilidade do centro e depende, principalmente, do censo da saúde, que está sendo realizado na cidade, para verificar se há demanda suficiente”.
O diretor da pasta, José Auricchio Júnior, afirmou nesta segunda que o projeto é embrionário. “Estamos fazendo um levantamento de interesse de entidades como a Apae e da Fundação Municipal Anne Sullivan. Já os resultados do Censo Saúde, realizado pelo Imes, estão atrasados. Devem ser entregues entre 30 ou 60 dias”, afirmou.
Se para o governo municipal o objetivo da construção ainda é um verdadeiro ponto de interrogação, para a população do bairro o questionamento é maior. “Seria bom que aqui fossem construídas casas populares, porque ainda existem muitos cortiços e a dificuldade de se pagar aluguel. Eu não sei o que a gente pode ganhar com um lugar para cavalos. Eu me preocupo se também vai começar a ter muito barulho por lá”, disse a operadora de caixa Luciana Conceição Faria dos Santos.
O comerciante José Fernandes afirmou que ele e seus amigos gostariam que na área permanecesse o campo de futebol onde jogaram, desde 1985, quando haviam conseguido a concessão do local da Eletropaulo. O contrato foi cancelado porque ocorreram problemas na manutenção. “Mas também não entendo o que os cavalos ajudarão no lazer da comunidade, que é pobre.”
O vice-presidente da Unidade Imigrantes da Eletropaulo, Valdir da Costa, informou que o comodato pode ser suspenso a qualquer momento por decisão da empresa. “A nossa meta é que sejam evitadas invasões, como já aconteceram lá por duas vezes, além da destruição de muros. Cabe à Prefeitura fazer a manutenção do local e realizar atividades sem fins lucrativos”.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.