Apesar de doar sangue ser ação rápida, simples e prática, os hemocentros do Grande ABC operam com 60% da capacidade, com 2.561 bolsas. De acordo com a Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), a média diária nos postos de coleta é de 200 doadores, enquanto o ideal seria 250. Campanhas são a alternativa usada para estimular a população a realizar o bem.

Em média, são realizadas 5.000 transfusões de sangue entre as sete cidades por mês. O número motiva a elaboração de campanhas, como é o caso do Shopping Praça da Moça, no Centro de Diadema, que instalou estrutura hospitalar, ontem, para atender doadores interessados. Antes da ação, eles passaram por teste de anemia e entrevista médica.

De acordo com Valdir Camillo, do Hemocentro São Lucas, em Santo André, os 450 ml de sangue coletados podem salvar até quatro vidas. “Em 15 minutos (tempo máximo de uma doação), temos hemácias, plasma fresco e plaquetas, que servirão para diversos casos”, diz.

A divulgação em redes sociais, igrejas e universidades é abrangente, mas, segundo Camillo, é necessário motivação das pessoas. “Recebemos quantia maior de doações nos últimos tempos, mas acabamos usando mais porque muitos precisam. As pessoas têm de entender a importância desse tipo de campanha”, salienta.

Aos 18 anos, Nathália Pereira da Silva doou sangue pela primeira vez e ficou surpresa ao saber que pode salvar vidas em pouco tempo. “Sempre quis doar. É tão rápido e simples, e ter consciência de que estamos ajudando alguém é melhor ainda”, comenta.

Alguns dos pontos de referência no Grande ABC para doação de sangue são o Hospital Mário Covas, em Santo André, o Hemocentro Regional, em São Bernardo, e o Núcleo Regional de Hemoterapia, em São Caetano. As coletas são feitas de segunda-feira a sábado, das 8h às 13h. Os interessados devem trazer documento com foto, pesar acima de 50 quilos e estar em boas condições de saúde.