Ser sambista não é mole, não. Aclamado sempre é só o tipo bamba, o que nasceu no morro, na tradição do samba. Do outro lado, corre gente como Paulo Padilha, que apresenta amanhã, no Sesi São Bernardo, o show "Samba Descolado Descolado Samba".

O cantor, compositor e instrumentista, 45 anos, 25 deles dedicados à música, lança seu terceiro disco inspirado pela simplicidade e vivência do gênero musical mais brasileiro.

"Tive formação de músico,não de poeta. Com o samba, passei a mergulhar cada vez mais no universo da canção, na poesia cotidiana. É uma vida mais vivencial do que ensaiada", conta.

Para compôr suas crônicas urbanas em estilo mais popular, ele tem buscado referências diversas, mas bebido principalmente da tradição. "Tem uma música que fiz inspirado em Noel Rosa e Pedro Almodóvar. Em outra, misturei Lupicínio Rodrigues e Stevie Wonder. Tem letra de samba antigo e ambientação contemporânea."

Fusão que tem dado resultado. "Love", composição do seu terceiro disco, já foi gravada por Simone. Pelo projeto Pixinguinha, já tocou no Sul do País ao lado de Monarca da Portela. Além da participação no Projeto Sesi Música Popular 2010.

No show, Paulo une as referências com as quais aprendeu a ser bamba e experiência como baixista de banda de jazz, formando uma roda de samba que transita entre a tradição e a novidade.

Paulo Padilha - Show. No Sesi São Bernardo - Av. José Odorizzi, 1.555, São Bernardo. Tel.: 4109-6788. Amanhã, às 20h. Grátis.