Após uma semana sem combustível por falta de pagamento ao único fornecedor e com serviços essenciais paralisados, a Prefeitura de Diadema liberou na tarde desta sexta-feira, por volta das 16h, o abastecimento para frota própria e da terceirizada Transkomby - cerca de 150 veículos no total, segundo o Diário apurou.

A Prefeitura, pelo sexto dia consecutivo, não respondeu aos questionamentos feitos ontem, por e-mail, pela reportagem. Nos bastidores do Paço, comenta-se que a administração teria pago parte do débito ao único fornecedor de combustível da frota oficial e terceirizada - Posto Texaco do bairro Piraporinha, divisa entre Diadema e São Bernardo. O valor da dívida não foi revelado.

Durante a semana, muitos veículos ficaram estacionados nas garagens por falta de combustível. Até diesel de um caminhão-baú foi transferido para uma das vans, que faz o transporte de crianças especiais.

Depois das 16h, com a liberação das chefias e a requisição em mãos para o abastecimento, todos os motoristas, entre servidores públicos e terceirizados da Transkomby, tiveram um único objetivo: chegar ao posto o mais rápido possível.

Veículos Gol e Uno, vans, motocicletas e peruas Komby se misturavam a caminhões-guincho da Secretaria de Trânsito e Micro-ônibus da Educação. Os carros chegavam de todos os lados e faziam manobras arriscadas e irregulares para chegar ao posto.

Fila de cerca de 50 metros se formou em poucos minutos, o que provocou congestionamento na Avenida Humberto Castelo Branco. Os frentistas do posto não davam conta da demanda.

O aglomerado de veículos - a maioria brancos - chamou a atenção das pessoas que caminhavam pela calçada. "O que tem este posto? Está dando gasolina de graça?", questionava um homem para o amigo.

A reportagem procurou ontem pelo dono do posto, Bruno Gouveia, no local. Depois, por telefone. Funcionários disseram que ele não estava. Na segunda-feira, o proprietário negou ao Diário o problema de falta de pagamento e de corte no abastecimento.