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Permanência de Sandro
Gaúcho está em xeque
Dérek Bittencourt
Do Diário do grande
19/04/2011 | 07:34
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O Campeonato Paulista se foi e com ele o rebaixamento do Santo André para a Série A-2, após fraco desempenho que o deixou a última colocação. E o rendimento ruim na competição, na qual obteve apenas duas vitórias em 19 jogos e marcou somente 14 gols, não garante a permanência do ídolo e treinador Sandro Gaúcho. Com acordo firmado até o fim do Brasileiro da Série C, o ex-camisa nove tem conhecimento de que existe a possibilidade de troca no comando.

"Quando assumi estava ciente do que ia enfrentar, assim como acontece com vários ídolos como Falcão (Inter) e o Renato Gaúcho (Grêmio). O que aconteceu (rebaixamento) não vai abalar a minha história com o clube, de ser o segundo maior artilheiro (58 gols) ou diminuir a minha vontade, que sempre foi de ajudar, de fazer meu melhor. Tenho que agradecer aos torcedores, que sempre me apoiaram e permanecer com a cabeça erguida, com a consciência de que fiz meu melhor. A minha vontade é permanecer, fazer o projeto, começar o trabalho visando a Série C mas, claro, primeiro terminar essa empreitada (referindo-se ao jogo de quinta-feira, contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil)", afirmou o treinador. "Cabe ao Ronan (Maria Pinto, presidente da Gestão Empresarial), à diretoria e à Saged a decisão", disse.

Até então assistente técnico, Sandro Gaúcho foi efetivado no comando do Ramalhão na décima rodada, após a derrota por 4 a 0 ao Paulista em pleno Bruno Daniel, que rendeu a demissão de Pintado. "Muitos diziam que eu assumiria uma bomba e sempre encarei como um grande desafio. Aprendi muito e acredito num futuro promissor tanto meu quanto principalmente do Santo André", afirmou o técnico, que se mostra muito grato ao apoio que recebe do presidente Ronan Maria Pinto. "Comecei lá em baixo (no Palestra de São Bernardo). O Ronan apostou em mim naquela oportunidade a agora de novo. Só tenho a agradecer a Deus e a ele, porque foi quem criou o Sandro Gaúcho treinador, foi quem plantou a sementinha."

A montagem do elenco para a Série C, segundo o treinador, tem de ser feita minuciosamente, para que o time conquiste o acesso sem amargar demais a Terceirona. "Independentemente de ficar ou não, o Santo André continua, tem condições de subir. É montar um grupo forte e escolher a dedo os jogadores, porque às vezes muitos vêm com uma expectativa, mas não rendem", explicou. "É necessário ver o que houve de errado e de certo neste Paulistão e trazer jogadores com o perfil do Santo André", afirmou o treinador.

 

Magro Júnior justifica provável renúncia das atuais lideranças

 

O vice-presidente da Gestão Empresarial do Santo André, Romualdo Magro Júnior, voltou a bater na tecla de que os três rebaixamentos consecutivos nas mãos dos responsáveis pelo futebol do Santo André não passaram de meras coincidências no episódio da previsível renúncia do presidente Ronan Maria Pinto, do grupo que administra o modelo. Segundo ele, que promete sair junto, o pior problema é a falta de um ‘formato independente' para que os trabalhos das lideranças da Saged ocupem maiores espaços e sejam viáveis no mercado.

"É o desafio que nos incomoda. Se a gente não caísse, iríamos entregar os nossos cargos do mesmo jeito", esclareceu Magro Júnior, às vésperas de mais um tropeço, agora diante do Corinthians no encerramento de outra fracassada temporada. "Não abandonaremos o barco. Vamos analisar as opções para ver quem é que ocuparia os nossos lugares. É bom deixar claro que a nossa luta continua na Saged. Acredito que seja possível encontrar saídas que interessem a todas as partes", observou.

Nos bastidores, comenta-se que o pano de fundo também seria o vermelho de mais de R$ 8 milhões nos cofres da Saged. Há quem diga que os números negativos chegariam a quase R$ 10 milhões. O levantamento ainda não estaria concluído.

 




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