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Vice da FPF pede licença após acusação de Edílson
Das Agências
11/10/2005 | 08:47
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"Eu deixarei meu dia-a-dia até que tudo se resolva". Foi dessa forma que se pronunciou o vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, após a entrevista coletiva dada pelo ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, segunda-feira, em Jacareí, num campinho de futebol no condomínio onde mora. "São mais de duzentos telefonemas por dia. Se Deus quiser, a partir de hoje (segunda-feira) à noite, eu não vou ter mais transtornos. Nada do que ele falou foi verdade. Vou processá-lo. Não tem cabimento ele fazer o que fez. E nem provas ele tem", afirmou Carneiro.

Trabalhando há 18 anos na FPF chegou ao cargo de vice-presidente por meio de eleição. Por isso, ninguém poderia afastá-lo do trabalho. Apesar do afastamento, o dirigente não chegou a pensar em renúncia e espera retomar sua função na Federação tão logo se resolva tudo. Sobre as acusações feitas pelo ex-árbitro, Carneiro não entendeu uma coisa: o porquê dele ter sido escolhido como alvo por Edilson. "Isso eu não sei explicar. Não sei porque ele fez isso." Revoltado com todo o acontecimento, o dirigente não se cansou de chamar Edilson de mentiroso.

Assim como no depoimento à Polícia Federal e na Comissão do Tribunal de Justiça Desportiva, segunda-feira Edílson novamente assumiu a fraude, confessou o erro, mostrou arrependimento, mas discordou da anulação das 11 partidas. A principal revelação de Edílson foi a confirmação dos telefonemas que recebia de Reinaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol e do ex-diretor de arbitragem da CBF, Armando Marques, para que tentasse manipular alguns jogos.

Ministério Público – Os clubes e torcedores revoltados com a anulação das 11 partidas da Série A do Campeonato Brasileiro ganharam um reforço segunda-feira, já que o Ministério Público Federal (MPF) decidiu pedir explicações ao presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter, sobre o motivo de ter tomado tal decisão. Os procuradores Claudio Gheventer e Vinícius Panetto encaminharam um ofício ao magistrado requisitando uma cópia do processo sobre a máfia do apito para analisar se entram na Justiça Federal, com o objetivo anular a liminar proferida pelo juiz carioca.

Fayad – O empresário Nagib Fayad, um dos participantes no escândalo do apito e apostador nos jogos envolvidos, foi convidado pela Comissão de Inquérito montada pelo Tribunal de Justiça Desportiva a comparecer nesta terça-feira na sede da FPF e prestar esclarecimentos.




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