O centro tem duas quadras poliesportivas, cancha de bocha, piscina de 25 m de comprimento, espaço externo para festas e recreação, salão para eventos e oficinas, duas lanchonetes, banheiros e um amplo espaço gramado para o desenvolvimento de atividades diversas.
No entanto, nenhum dos equipamentos pode ser utilizado por falta de manutenção e segurança, a não ser uma das quadras de esportes. A professora da Emeief Cecília Pandolpho, que ontem levou as crianças da 3ªsérie do ensino fundamental para brincar na quadra, disse que as mães evitam levar os filhos ao centro devido à falta de segurança.
“As mães não querem vir ao centro, mas nós levamos os alunos para a quadra, onde ficamos por apenas uma hora e sempre com um adulto acompanhando as crianças. Sem contar que temos o apoio do vigia, que sempre fica por perto”, disse. Um morador da Vila Palmares, que não quis se identificar, também ressaltou a falta de segurança como o principal motivo de a comunidade não “tomar conta” do espaço, além de a escola de samba não deixar brechas para outras atividades. “A comunidade não pode contar com seu único espaço de lazer gratuito, pois a escola de samba usa tudo com exclusividade”, afirmou.
O vice-presidente da escola de samba, Adilson Gonzaga Martins Alves, disse que nunca foi barrada a entrada de outras pessoas no centro. “Esse espaço é da comunidade, e se a Prefeitura não oferece nenhum programa nas áreas de lazer e educação aos moradores da Palmares, nós o utilizamos, pois o Centro Comunitário fica completamente ocioso”, disse. Ele afirmou ainda que, nos momentos em que a escola desenvolve atividades no local, não ocorre qualquer incidente no espaço.
A informação dele é confirmada pelo coordenador do centro, Manoel Rosa Filho. “A comunidade não deveria falar em abandono do centro, o que é mentira. Temos um vigia que fica aqui das 7h às 21h30 (horário de funcionamento) e funcionários que fazem a limpeza”, afirmou. Segundo ele, caso não houvesse segurança, os alunos da Emeief não desenvolveriam atividades no local. Mas ele acredita que falta realizar uma reforma e desenvolver programa que torne o centro “mais útil”.
O gerente dos centros comunitários de Santo André, Ricardo Di Giorgio, ligado à Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer, disse que várias secretarias municipais deram início a um ciclo de reuniões que visa desenvolver projeto de ocupação do Centro Comunitário da Vila Palmares. “O espaço é grande, e devido à carência da comunidade, queremos colocar outros serviços para a população, não só nas áreas de esportes e lazer.” No entanto, ainda não foi apresentado nada de concreto.
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