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Esporte Clube Sto.André cresce apesar da crise
Edélcio Cândido
Da Redaçao 
10/01/1999 | 18:04
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Exorcizando todos os fantasmas da crise econômica e apesar do alto índice de desemprego no Grande ABC, nocauteando a classe trabalhadora neste fim de década, o Esporte Clube Santo André ainda pode se dar ao luxo de contabilizar sucesso rumo ao terceiro milênio. Com infra-estrutura de clubes de elites de Sao Paulo - casos de Pinheiros, A Hebraica, Sírio e Paulistano -, 10 mil associados e orçamento de R$ 3,7 milhoes/ano, o Santo André vai fechar a temporada de 1999 com chave de ouro.  

Isso porque é o clube que mais cresceu patrimonialmente nesta década na regiao, sob a presidência - em seu terceiro mandato, em dez anos - do empresário Jairo Livolis, 52 anos. Ele é um dos últimos 13 presidentes que passaram pelo Santo André, desde a sua fundaçao, em 18 de setembro de 1967, quando um grupo de dirigentes de equipes amadoras resolveu fundar um time de futebol, sob luz de velas, no galpao do casarao do Tiro de Guerra, que ficava ao lado da Estaçao Ferroviária de Santo André. Na época, o movimento começou com o presidente da Liga de Futebol, Wigand Rodrigues dos Santos, com apoio do entao primeiro presidente de honra, o prefeito Newton da Costa Brandao. Mineiro de Borda da Mata, fa de futebol, Brandao nao pensou duas vezes e encarou o desafio. 

Poliesportivo - Em seu mandato, que vai até 30 de agosto, Livolis pretende concluir o projeto do Poliesportivo do Parque Jaçatuba, com investimento de R$ 2,2 milhoes, além de consolidar o Projeto Jovem Santo André. Se nao bastasse a preocupaçao com o rico patrimônio do clube, Livolis quer deixar sua marca como presidente que mais labutou pelo crescimento do futebol profissional, atualmente no Grupo A-2 do Campeonato Paulista. De uma área doada pela Prefeitura, no Parque Jaçatuba, o Santo André nasceu das cinzas e se fortaleceu como uma das valorosas agremiaçoes deste século.  

Sem se deixar levar pela ambiçao de montar um time com salários milionários, para nao comprometer as finanças da associaçao, Livolis garante que está tudo sob controle. "Sempre direcionamos o Santo André com os pés no chao. Hoje o futebol é deficitário e tem de ser administrado profissionalmente, com a razao e nao com o coraçao. Gostaríamos de trazer três ou quatro nomes de primeiríssima linha, mas esses têm salários que fogem à realidade", enfatizou. 

Raízes - Mesmo sendo um dos clubes mais jovens do Grande ABC, o Santo André aprofundou suas raízes populares com a inauguraçao da primeira etapa do Poliesportivo, e mais tarde com as obras do Palácio dos Esportes, além de criar inúmeras outras atraçoes para os associados - conjunto aquático, academia, campos de futebol com grama sintética, lanchonetes e vários campeonatos internos. Em pouco mais de 30 anos, o Santo André entra no seleto grupo de clubes tradicionais da regiao, como Aramaçan, Corinthians, Primeiro de Maio, Sao Caetano, Ribeirao Pires, Palestra, Sao Bernardo, Associaçao dos Funcionários Públicos de Sao Bernardo, ADC GM, Grêmio Mauaense, Industrial, Independente e ADC Rhodia, entre outros.




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