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Setor plástico da região terá cursos e consultoria
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
14/09/2006 | 23:00
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Duas novas armas na batalha para aumentar a competitividade das indústrias do setor plástico da região estão prestes a serem lançadas: por um lado, um novo programa de qualificação voltado aos trabalhadores das empresas do ramo e, por outro, um serviço gratuito para os pequenos empresários atacarem problemas tecnológicos em suas fábricas.

O programa de capacitação, chamado PlanSeq (Plano Setorial de Qualificação) para o Setor Plástico, foi anunciado quinta-feira pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, durante o V Seminário do Plástico, realizado quinta-feira em Santo André. O plano, no qual o governo federal vai entrar com R$ 2 milhões e que terá uma contrapartida de R$ 400 mil do setor empresarial e de entidades sindicais, visa oferecer cursos gratuitos a 525 trabalhadores na região. O PlanSeq é nacional e vai atender ao todo 4,5 mil pessoas no país, abrangendo além do Grande ABC, a capital paulista, cidades do interior do Estado, da Bahia e do Rio Grande do Sul.

Segundo o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage, na região, dos 525 vagas, em torno de 210 serão para empresas integrantes do APL (Arranjo Produtivo Local) do plástico – projeto da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC e do Sebrae – e outras 315 serão para empresas que têm trabalho de inovação tecnológica ou reestruturação produtiva. Os cursos (com 200 horas de duração) deverão ser lançados já em outubro, para serem concluídos em abril de 2007.

Para o sindicalista, que também participou quinta-feira do seminário que debateu o fortalecimento do setor plástico, mesmo na eventualidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não ser reeleito, ele espera que o programa continue. "Esse debate da qualificação não é de hoje", afirma.

Tecnologia – Em outra frente, as pequenas empresas do segmento na região vão se beneficiar de apoio para o desenvolvimento tecnológico. Com esse objetivo o INP (Instituto Nacional do Plástico), em parceria com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), empresas do Pólo Petroquímico de Capuava e outras entidades, vai oferecer gratuitamente a pequenas empresas do segmento no Grande ABC um serviço chamado Prumo (Projeto de Unidades Móveis).

O projeto também será lançado em outubro e vai permitir que 50 pequenas indústrias transformadoras do plástico dos sete municípios recebam o atendimento de engenheiros e técnicos do IPT, para a resolução de problemas no processo produtivo. Para isso, os especialistas, em vans equipadas com laboratórios, visitarão as empresas interessadas e farão um diagnóstico de deficiências e apresentarão as respectivas soluções.

O presidente do INP, Paulo Dacolina, afirma que a oferta do serviço gratuito será possível graças ao apoio da Petroquímica União, Solvay, Suzano Petroquímica e Polietilenos União. Normalmente para uma empresa receber a consultoria pagaria em torno de R$ 3 mil. Para poder se candidatar ao atendimento sem custo, a indústria precisa ser de micro ou pequeno porte (no máximo até 99 funcionários). Será dada preferência às primeiras inscritas.




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