Foi como manda o roteiro. A desconfiança do brasileiro desapareceu na medida em que se aproximava o jogo da Seleção. Logo cedo era só caminhar pelas ruas para ver camisas de todos os tipos, bandeiras tremulando e cornetas a todo vapor. As críticas foram jogadas para escanteio e o coração falou mais alto. Mas poucos acreditavam que o Brasil, primeiro colocado no ranking da Fifa, teria tantas dificuldades para superar a Coréia do Norte, pior entre os que disputam a Copa (105ª). Foi no sufoco, mas hoje o brasileiro acordou mais feliz.

A estreia do Brasil foi como um reinício da Copa do Mundo, agora com o principal protagonista em ação. É impressionante a importância que a nossa Seleção tem para o Mundial e o respeito que impõe. O planeta parou para ver a bola nos pés de Robinho, Kaká e companhia. Mesmo com atuação sem brilho, a vitória foi justa e serviu como cartão de visitas. Agora é pra valer, está em jogo o hexacampeonato.

Ontem foi dia também de nossos principais rivais na primeira fase, Portugal e Costa do Marfim, entrarem em campo. Muita velocidade, jogadas mais ríspidas e poucas chances criadas nos 90 minutos. Maltrataram a Jabulani. O empate por 0 a 0 acabou não sendo bom para nenhuma das duas seleções que agora jogam a sorte na Copa justamente diante do Brasil, projetando que ambas consigam se impor diante dos norte-coreanos.

Os marfinenses são os nossos próximos rivais, domingo, às 15h30 (de Brasília), em Joanesburgo, desta vez no Soccer City. Já o desafio diante dos portugueses será dia 25.

As rodadas seguintes prometem muitas emoções. A estreia é sempre nervosa, mas serve para acabar com a inevitável ansiedade. Agora, são dois jogos e um objetivo: a vaga nas oitavas de final.

Ontem, a Copa começou para valer. E não há mais margem para erros. O primeiro jogo já foi, agora faltam seis para o hexa. Vai Brasil!