O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), disse ao Diário que o município vai demorar seis meses para conseguir consertar os estragos causados pelas chuvas deste mês.

Para tentar agilizar o processo de compra de materiais e a contratação de serviços de mão de obra, a administração municipal dispensará a licitação.

Ribeirão entrou em estado de calamidade pública na quinta-feira, por causa dos 80 pontos de deslizamentos e três mortes registrados no município. Nesta situação, é permitido que a Prefeitura faça aquisições do tipo sem concorrência pública. Até a tarde de ontem, 158 residências permaneciam interditadas na cidade.

Volpi anunciou, na segunda-feira, que precisará de mais R$ 5 milhões - fora R$ 1 milhão já destinados anteriormente - para as reformas e melhorias em diversos pontos de Ribeirão. "Vamos fazer de tudo, para que (o gasto) fique nos R$ 5 milhões. Minha assessoria acha que vamos precisar de mais", disse o prefeito.

As tradicionais festas do Chocolate e do Pilar vão ter reduzidos pela metade os respectivos orçamentos. "Vamos trabalhar com 50% (nas celebrações), para não paralisar investimentos em áreas sociais, como Saúde e Educação."

Sobre a morte da confeiteira Analice Moreira Santos, 36 anos, e as suas filhas de 8 e 14, Volpi falou pela primeira vez: "A região nem era área de risco, não constava como área de risco para nós. O bairro Santo Bertoldo é muito antigo e pavimentado, com infraestrutura boa. Estávamos preocupados com outras regiões. Foi acontecer lá, uma coisa imprevisível", comentou.

Ontem, profissionais do Instituto Geológico, da Defesa Civil do Estado de São Paulo, vistoriaram as áreas nos bairros Jardim Mirante, Itacolomy, Rancho Alegre, Santo Bertoldo e Morro de Santo Antônio para preparar um laudo sobre as ações que serão necessárias na reconstrução.