Economia Titulo
Associação comercial de olho no mercado de crédito
18/04/2010 | 07:56
Compartilhar notícia


A ACSP (Associação Comercial de São Paulo) resolveu se reestruturar para apostar no mercado de análise de crédito e competir em pé de igualdade com a Serasa Experian e a Equifax, as maiores do mundo no setor. A ACSP vai se transformar em uma empresa privada, com fins lucrativos. Dentro dessa estratégia, vai vender 25% de seu capital para o fundo de private equity TMG Capital. No radar, está a abertura de capital dessa nova empresa.

A estratégia para transformar a ACSP em empresa privada é complexa. A associação continua existindo, com seu papel institucional, isenta de tributos e sem fins lucrativos. A parte dela que vai ser "privatizada" é o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), uma das principais áreas de atuação da associação, com um banco de dados sobre as vendas a prazo do comércio paulista, conta o superintendente geral da entidade, Luiz Marcio Aranha. O faturamento anual da área é de R$ 320 milhões.

Dentro das mudanças, o SCPC vai se transformar em uma empresa só com ações ordinárias (ON, com direito a voto). O TMG comprará a participação nessa companhia. O valor da aquisição não foi revelado, porque o fundo ainda fará a due diligence (análise de dados e contas) nos próximos 60 dias.

Aranha explica que, do jeito como está estruturada atualmente, a entidade não tem como competir com as grandes empresas. Só pode atuar no município de São Paulo e só pode vender serviços aos seus associados. Ao se transformar em empresa, pode acessar todo o mercado. Com isso, quer ser um "grande bureau de crédito".

A companhia já vai nascer dentro de boas práticas de governança corporativa, diz o executivo. Prova disso é que terá só ações ON. A abertura de capital deve acontecer no médio prazo, após "uns três ou quatro anos de operação", diz Aranha. "A associação não tem nenhuma objeção (ao IPO). É natural que a empresa busque capital para crescer no mercado."

A associação vinha estudando há dois anos uma forma de mudar sua estrutura e participar do mercado de crédito, que não para de crescer, segundo seu superintendente geral. Chegou a conversar com sete fundos de private equity. Acabou optando pelo TMG, tocado pelo executivo Luiz Francisco Novelli Viana. Com o acordo assinado, o fundo vai participar da gestão da nova empresa, que pretende ser "eficiente e competitiva". (da AE)




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;