O general Ricardo Izurieta, comandante-em-chefe do Exército chileno, declarou nesta sexta-feira que ``queria expressar a grande satisfaçao que sente a instituiçao, como um todo, pelo regresso ao país do general Augusto Pinochet, depois de ter sofrido uma injusta e prolongada detençao no estrangeiro, bem como reiterar, uma vez mais, a disposiçao de continuar dando todo o apoio possível a ele'.

Izurieta, sucesor de Pinochet na cúpula militar, falou à imprensa durante uma visita ao regimento 'Esmeralda' da cidade de Antofagasta, 1850 km ao norte de Santiago.

Pinochet, 84 anos e atual senador vitalício, voltou ao Chile em 3 de março depois de ser libertado na Inglaterra. Ele ficou preso 503 dias enquanto os ingleses decidiam se extraditavam ou nao o ex-ditador. O juiz espanhol Baltasar Garzón pediu que Pinochet fosse mandado para a Espanha para ser julgado por crimes contra a humanidade durante o tempo em que governou o Chile (1973-1990).

No Chile Pinochet enfrenta 72 processos criminais por violaçoes contra os direitos humanos. O ministro do Interior britânico, Jack Straw, decidiu nao extraditá-lo por razoes de saúde.