A campanha salarial dos metalúrgicos da FEM-CUT (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/São Paulo) deste ano está sendo focada nas questões sociais. A redução na jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, a ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses e o fim da aplicação de um teto no salário foram as principais reivindicações debatidas na manhã de ontem com os grupos 8 e 10.

A reunião que envolveu o grupo 10 (que reúne setores de lâmpadas, material bélico, estamparia e equipamentos odontológicos, entre outros) tratou, principalmente, da cláusula que garante estabilidade até a aposentadoria ao portador de acidente ou doença adquirida no ambiente de trabalho.

Segundo o presidente da Federação, Valmir Marques, o Biro Biro, faz 10 anos que "a classe garante esse importante direito aos trabalhadores por meio de ação judicial. Nesta campanha, há chance de conquistar esse direito na mesa de negociação."

A entidade sindical também se reuniu com a bancada patronal do grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários, entre outros). A redução na jornada de trabalho de 44 para 40 horas, com manutenção do salário; a ampliação da licença-maternidade quatro para seis meses e o fim da aplicação de um teto no salário foram as principais reivindicações debatidas. "Mesmo que a licença seja aprovada na Câmara e passe a ser um dever das empresas, acredito que podemos ir além da nova ‘obrigatoriedade' e conquistar ainda mais para as novas mães metalúrgicas, que hoje representam no Estado cerca de 14% da categoria", comenta Biro Biro.

Além das reivindicações discutidas ontem, a categoria busca na campanha salarial de 2010 a reposição integral da inflação e o aumento real nos salários - que tem como data base 1º de setembro.

A próxima rodada de negociação do grupo 8 ficou agendada para quarta-feira, dia 11. A do grupo 10, será na sexta-feira, dia 11.