Em seu quinto mandato como vereador em Diadema, o candidato à Prefeitura Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), afirmou que, apesar das circunstâncias políticas, haverá segundo turno contra o atual chefe do Executivo, Lauro Michels (PV), que concorre à reeleição.

“A militância está muito animada. Eu tenho certeza que nós vamos para o segundo turno para tirar da Prefeitura alguém que assumiu compromissos e não cumpriu. Hoje há uma enorme rejeição a esse prefeito porque a população quer a volta das políticas públicas”, disse.

De acordo com levantamento realizado pelo DGABC Pesquisas e publicado pelo Diário no dia 2 de setembro, Maninho está em terceiro lugar na corrida eleitoral, com 9,5% das intenções de voto do município, atrás de Lauro e do parlamentar Vaguinho do Conselho (PRB).

Em campanha pelo bairro Jardim Campanário e arredores com carro de som, o postulante criticou com veemência o adversário acompanhado da candidata a vice Irene dos Santos (PT) e do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT). Aproximadamente 200 militantes do partido também estiveram no ato, que partiu da creche Paineiras e acabou na UBS (Unidade Básica de Saúde) Campanário, que começou a ser construída em 2011, mas está com as obras paralisadas desde 2012.

“Lauro fecha tudo. Não queremos um prefeito que foge de perguntas, que é irresponsável e não tem compromisso com o povo”, falou Maninho, durante a passeata. O petista também alfinetou a forma como estão sendo feitas as campanhas. “A militância do PT está na rua, mas é a luta do tostão contra o milhão: vocês estão vendo que ele tem centenas de carros, de pessoas uniformizadas. Eu estranho muito porque esperava-se um rigor na fiscalização de campanhas, algo que eu não estou vendo. Estou vendo uma desproporção enorme, mas temos uma coisa que esse prefeito não tem, que é a militância”.

O vereador falou em “devolver” os equipamentos de Saúde para a população e de ampliar os horários de funcionamentos das UBSs aos fins de semana.

Ao longo da caminhada, ele e seus apoiadores também relembraram os feitos do governo Filippi. “Essa administração não tem a qualidade de quando eu governava, mas Maninho irá trazer isso de volta”, afirmou o ex-prefeito petista.

LAVA JATO
Para Maninho, os últimos episódios da Operação Lava-Jato que ocasionaram na prisão do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci (PT) não irão interferir em sua campanha. “Eu não tenho nada a ver com a Lava Jato. Sou Maninho. Estranho muito que prendam o Palocci, mas não prendam o (Eduardo) Cunha (PMDB, ex-presidente da Câmara dos Deputados) e a mulher dele (Cláudia Cruz).”