A política de não votar projetos, adotada por vereadores da oposição e do grupo de apoio ao governo do prefeito Luiz Marinho (PT), em São Bernardo, deverá transformar a sessão da quarta-feira na Câmara em uma caixinha de surpresas. A expectativa é que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) seja levada à discussão, caso as comissões permanentes de análise jurídica do documento deem parecer positivo.

"Queremos levar para votação em caráter de urgência, mas não sei se será votado. Tudo pode acontecer", afirmou o líder do governo, José Ferreira (PT). O parlamentar acusou a oposição de usar a tática de abandonar o plenário para não discutir projetos importantes, disse que não admitirá o condicionamento da aprovação de projetos do Executivo à aprovação de matérias da oposição.

"São coisas diferentes", disse, fazendo referência a dois acordos feitos anteontem entre os grupos e desfeitos em seguida. Um deles era a composição de uma pauta conjunta em que seriam votadas 19 matérias, sendo 11 da situação e oito da oposição.

Do outro lado, Ary de Oliveira (PSB) disse que a bancada oposicionista votará projetos importantes para a cidade, desde que sejam constitucionais. "Eles querem atribuir a nós essa paralisação, mas respeitamos a cidade e votamos o que é bom para São Bernardo."