Economia Titulo Insatisfação
Trabalhador se queixa que salário mal paga as contas
Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
01/05/2013 | 07:05
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Em meio a gritos para que seus cantores favoritos os ouvissem e fazendo coro das músicas predominantemente sertanejas, os moradores do Grande ABC/IP compareceram em peso na festa em homenagem ao 1º de maio

Questionados sobre o que o trabalhador deveria comemorar na data, porém, a resposta era unânime, ao dizerem que não há muito o que exaltar, a não ser pelo dia de folga. Queixando-se de não sobrar dinheiro para diversão, eles aproveitavam para assistir aos shows de graça.

"O salário não dá para pagar tudo. Temos sempre que escolher uma coisa e deixar outra de lado", disse Dayane Silva, 27 anos, que saiu do emprego para cuidar do filho de 6 meses - ela tem mais dois, um de 6 e outro de 8 anos. Seu marido é faxineiro e ganha R$ 755 por mês. "Gastamos R$ 250 com o aluguel da casa e priorizamos o supermercado, que está ficando cada vez mais caro."/CW

De fato, por conta da alta nos preços dos alimentos, a inflação em março ultrapassou a meta, de 4,5%, ao alcançar 6,59% nos últimos 12 meses.

A família levou R$ 15 para lanchar. No entanto, nada no local saía por menos de R$ 4, a exemplo do refrigerante.

Mesmo com realidade completamente distinta à de Dayane, o analista de sistemas Ricardo Vieira, 32, com rendimento médio de R$ 6.000, se queixou que gostaria de proporcionar mais diversão para sua mulher e seus dois filhos. "O salário dá para pagar a prestação da casa, a escola das crianças, o convênio e o supermercado. Quero fazer uma pós para melhorar meu emprego, mas não sobra dinheiro." A família levou R$ 80 para gastar.

A comerciante Mara Dellatore, 47, e sua filha Marilia, 23, vivem hoje com R$ 1.600 mensais. "Queríamos poder ir ao teatro, que adoramos. Mas o salário não dá." Elas levaram R$ 50 para passar o dia.

 

 




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