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Regiao disputa o Mundial de Jiu-Jitsu
Nilton Valentim
Da Redaçao
16/07/2000 | 20:05
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  O Grande ABC vai marcar presença no Mundial de Jiu-Jitsu, no Rio de Janeiro, entre os dias 27 e 30, com a participaçao de lutadores do Brasil, Estados Unidos, Itália e Austrália, entre outros países. Onze atletas da regiao já estao classificados para a disputa e mais três vao participar da seletiva, que está marcada para o dia 22, no Tijuca Iate Clube, no Rio.

Já estao classificados para o Mundial os atletas Leandro Fidelis, campeao paulista peso-pena; Joao Caetano, campeao brasileiro sênior; Ariana Pinto, campea paulista pluma; e Marcelo Oliveira, todos faixa azul. André Taba, vice-campeao mundial peso-pluma; Douglas Yassuda, Elielson Salaro, Adolfo Nardy, vice-mundial peso-pena; e Sheila Bertolino, faixa rocha. Na categoria faixa marrom, Pablo Rodrigo, vice-campeao carioca pena, será o representante, e Edson Diniz lutará entre os faixa-pretas. Eles sao treinados pelos técnicos Toti Jordan, o Pitoco, e Paulo Nardy, da academia Infight.

"Cada categoria tem um limite de peso e de tempo", explica Romeu Fontes Ferreira, que ao lado de Fred Blum e Eduardo Severiano vai disputar a seletiva, última chance de chegar ao Mundial. "A queda vale dois pontos e a luta só acaba quando ocorre a desistência do adversário ou por outro tipo de finalizaçao, como estrangulamento, chaves de braço ou de pernas", contou o lutador, explicando a forma de disputa das competiçoes. Cada luta tem um período máximo de 7 minutos e se nenhum dos adversários desistir ou for imobilizado pelo oponente, a decisao é dada pelos juízes.

O Brasil é apontado pelos praticantes como um dos países onde a modalidade é mais forte. A luta chegou ao país há pelo menos 80 anos, quando um mestre japonês, o Conde Koma, desembarcou por aqui e passou a ensinar sua técnica ao patriarca da família Grace. Foram os irmaos Hélio e Carlos Grace que começaram a ensinar a luta de origem japonesa e difundir o jiu-jitsu por todo o país, mas foi no Rio de Janeiro que o esporte ganhou maior força. "No Rio, a Secretaria de Esportes apóia o jiu-jitsu e inclusive paga 80% do valor das inscriçoes dos lutadores cariocas. Nós que vamos de fora temos que arcar com todas as despesas", contou o professor Paulo Nardy.

Treinando incessantemente para a competiçao, os lutadores descartam qualquer vínculo entre o jiu-jitsu e a violência das ruas. "Falam tanto que os lutadores de jiu-jitsu é que promovem brigas de rua, mas ninguém nunca encontrou um dos brigoes treinando em academia nenhuma. É muito fácil se passar por lutador de jiu-jitsu, basta comprar uma camiseta em qualquer loja e sair por aí", diz Ferreira. "Quem quer brigar tem é de ir para um campeonato", complementa Ariana Pinto.




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